Assim que você ouvir um som de passos por cima das amoreiras, saia rapidamente, pois será esse o sinal de que o Senhor saiu à sua frente para ferir o exército filisteu. 2 Samuel 5:24

Davi acabara de ser ungido rei de Israel (v. 1-5). Essa foi a terceira unção recebida por ele. A primeira havia ocorrido diante de seus irmãos (1Sm 16:12, 13), e a segunda, à vista dos homens de Judá, como rei dessa tribo (2Sm 2:4). De fato, a história de Davi assumindo o trono de Israel e Judá retrata a manifestação da graça divina para com ele, em mais uma demonstração de que, apesar dos altos e baixos da vida, o Senhor trata misericordiosamente todos os que se dispõem a depender Dele. À unção de Davi como rei de Israel, seguiram-se a conquista de Jerusalém, “a fortaleza de Sião” (2Sm 5:7), o reconhecimento de sua realeza por parte de Hirão, rei de Tiro (v. 11, 12), a ampliação da família (v. 13-16) e o confronto com os filisteus que, ao tomarem conhecimento de que havia um novo rei sobre Israel, redobraram seus esforços e se organizaram para atacá-lo (v. 17-25).

Sem deixar que a vitória anterior lhe “subisse à cabeça”, levando-o a confiar em suas habilidades militares, Davi se recolheu em busca da orientação divina: “Devo atacar os filisteus? Tu os entregarás nas minhas mãos?” A resposta do General Supremo foi: “Vá, Eu os entregarei nas tuas mãos” (v. 19, NVI). Como resultado da irrestrita obediência à estratégia de Deus, por duas vezes seguidas Davi foi vencedor sobre seus opositores.

A experiência vivida por Davi e o exército sob seu comando naquela empreitada é um modelo da maneira pela qual devemos enfrentar nossas batalhas espirituais no âmbito individual. Exércitos e equipes esportivas podem ter os melhores combatentes ou notáveis atletas, mas estão sempre dependendo das orientações de generais e técnicos para o melhor desempenho em busca da vitória. Muito mais devemos agir na dependência de Deus.

Em toda circunstância, o Senhor nos fará saber o que fazer. Às vezes, a orientação será para que esperemos a manifestação do Seu poder, a exemplo da experiência israelita diante do mar Vermelho (Êx 14:13, 14). Em outras ocasiões, a tática será atacar no momento certo, como no texto de hoje. Não nos precipitemos. A batalha em que estamos envolvidos é Dele, que conhece o inimigo mais do que nós conhecemos. Ele sabe os caminhos, os meios e os instrumentos por meio dos quais nos levará à vitória sobre quaisquer inimigos, alguns dos quais enfrentaremos hoje. No momento certo, Ele agirá.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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