Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação? Hebreus 1:14

A maioria das pessoas religiosas certamente já se maravilhou com histórias de anjos, mas apenas um pequeno número teve o privilégio de presenciar esses men­sageiros celestiais em ação. Na Bíblia, muitos personagens foram visitados por anjos. Sem a revelação e a proteção deles, estaríamos ainda mais perdidos.

Quando um anjo aparece, a pessoa normalmente ganha uma nova visão do mundo que a cerca, o que a capacita a mudar a realidade ou pelo menos a pedir mudanças. Ocorre que os anjos são agentes divinos e, em certo sentido, colo­cam a pessoa em território divino. É como se Deus se “finitizasse” e, por meio de uma criatura, se fizesse presente. De repente, a fronteira entre o divino e o humano, paradoxalmente, torna-se mais tênue e mais visível.

Numerosos, representativos, hierarquizados, os anjos estão sempre prontos para entrar em ação. Como diz o teólogo Claus Westermann, “os anjos são as possibilidades de Deus; eles dão aspecto e forma para Deus em suas possibilidades por nós”. O anjo é “a palavra ou o ato de Deus tocando a Terra”.

Um aspecto que talvez surpreenda aqueles que veem os anjos como seres acabados e fixos, eternamente instalados em suas posições, é que os anjos podem crescer em sua compreensão dos pensamentos e planos divinos, assim como em sua capacidade de servir. Existe uma hierarquia entre os anjos, arcanjos, queru­bins e serafins, mas eles não foram criados de acordo com um status predefinido para ocupar funções predeterminadas por Deus. O que diferencia um anjo de um arcanjo é a capacidade de servir, não uma condição inerente a cada um. Há mobi­lidade entre a inumerável hoste celestial. Ao que tudo indica, Gabriel assumiu a posição de querubim cobridor ocupada por Lúcifer antes da rebelião.

Para os anjos, servir a Deus é uma cristalina alegria. Santos, puros, cheios de luz, eles vivem para glorificar o Criador. Poderosos, inteligentes, ultraversáteis, são aliados de Cristo e dos seres humanos na história da salvação. Se Cristo se iden­tificou totalmente com a humanidade, os anjos, que foram criados “por ele e para ele” (Cl 1:16), também se identificam. Se Cristo é um de nós, ainda que singular, os anjos estão entre nós, mesmo que invisíveis.

Você pode nunca ter visto um anjo, mas isso não significa que um anjo não o veja constantemente. Louve a Deus pelo ministério dos anjos no universo e em sua vida. E aprenda com os anjos que, quanto mais alto for o lugar na hierarquia, maior deve ser a capacidade de servir e glorificar o Criador.anjo-protegendo-crianca

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