A ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus, se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Romanos 1:18, 19

Em um episódio de uma série humorística norte-americana, um personagem astutamente cria uma falsa entidade de caridade, o Fundo Humano, para angariar dinheiro. Ao promover a organização, percebe que as pessoas se sentiam bem em se associar a nobres causas. De fato, as pessoas ficam felizes de apoiar uma ONG ou coisa do gênero, desde que isso não as tire de seu estado confortável. Não há nada de errado com essas iniciativas. Porém, não podemos esquecer que isso não resolve o problema básico do pecado.

Em Romanos 1, depois de falar do poder espetacular do evangelho, Paulo menciona a ira de Deus, que se volta como um raio laser fulminante contra toda variedade de pecados. Apesar de Deus ter revelado o esplendor de seu ser e seus atributos invisíveis por meio da natureza, as pessoas se recusam a crer no Criador e agem como se ele não existisse. Da idolatria à impureza sexual, entregues a toda sorte de desejos impuros e “paixões vergonhosas” (v. 26), elas têm um comportamento condenável e indesculpável. Por isso, não poderão escapar da punição eterna.

Aqui Paulo deixa claro que a graça do evangelho não é desculpa para uma vida de licenciosidade. Ser cristão é viver o evangelho pelo poder do evangelho, sem o falso moralismo do falso evangelho. Isso, às vezes, pode ser perigoso. Você pode ser acusado de estranho, bitolado ou intolerante e visto como fora de sinto­nia com o mundo.

As pessoas que amam o pecado odeiam a santidade, quem gosta de trevas detesta a luz, cegos espirituais não veem sua condição, orgulhosos não sabem dizer “desculpe” ou “obrigado”. O evangelho mostra a realidade do ser humano, com todas suas depravações, distorções e misérias.

Na cruz, Deus não passa a mão em nossa cabeça, aplaude nosso excelente desempenho e então nos leva para uma festa. Não. Na cruz, Deus expõe a mal­dade do nosso coração, confronta nossa condição desesperadora e nos convida para uma vida radicalmente diferente. O evangelho não é um convite para um monte de gente “boa” fazer parte de um movimento legal, sem nenhuma exigência ética; é um chamado para um bando de gente má se arrepender, ir para a cruz e morrer, a fim de encontrar a vida do crucificado. Você pode aceitar o evangelho do jeito que é, mas o evangelho não pode aceitar o jeito que você é. O evangelho muda seu lobo-em-pele-de-cordeirostatus e sua vida.

 

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