Peguem todas as raposas, as raposinhas, antes que destruam o vinhedo do amor, pois as videiras estão em flor! – Cântico 2:15

Dando sequência as manifestações de amor entre o casal, em Cântico 2, Salomão fala sobre o amor mútuo entre espose e esposa, a esperança e o chamado da esposa, o cuidado do esposo por sua amada, e a ocupação da esposa e sua confiança.

Esposa (V.1):

Eu sou a rosa de Sarom, a flor que nasce na planície de Sarom; o lírio que cresce nos vales.

Esposo (V.2):

Qual o lírio entre os espinhos (plantas espinhosas), tal é meu amor entre as filhas, entre as moças.

Esposa (V.3-13):

Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os rapazes; desejo muito a sua sombra, pois me é agradável, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é saboroso e doce ao meu paladar.  Levou-me ao salão de banquetes, e o seu estandarte sobre mim era o amor.  O seu amor por mim é evidente. Sustentai-me, fortalecei-me com passas (bolo de uvas passas), revigorem-me com maçãs, porque desfaleço de amor.

A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abraça. Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.

Esta é a voz do meu amado chegando; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros. O meu amado é semelhante ao gamo, ou cervo; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades. O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem. Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola, o arrulhar das pombas ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.

O Esposo (v.14):

Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, esconde-se entre as pedras, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa.

Mulheres de Jerusalém (v.15):

Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, destroem os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor. 

A esposa (v.16-17):

O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios. Até que refresque o dia, e fujam as sombras, volta, amado meu; faze-te semelhante ao gamo, como o jovem cervo sobre os montes íngremes de Beter.

Como é lindo o amor, principalmente de um casal profundamente apaixonado. Trocam palavras que, naquele tempo eram como um incentivo, um elogio: ele diz que ela parece com um lírio, em meio a plantas espinhosas, ou uma pomba que anda pelas fendas dos penhascos. Já a esposa compara-o a uma macieira entre as árvores do bosque, ou como o cervo, galgando pelos montes, pulando sobre os outeiros. Ao final ela diz que o seu amado é dela, e ela é dele. Assim é o amor vivido intensamente.

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