Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É Ele que nos conforta […] para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia. 2 Coríntios 1:3, 4

Quem quer que sejamos, não importando nossa experiência religiosa, temos os mesmos sentimentos humanos. Lutamos com nossos medos, ficamos abatidos, angustiados, perplexos. Nos vales escuros da vida, parece-nos difícil ver o outro lado; fazemos perguntas sem respostas. Em algum momento da caminhada terrestre, todos necessitamos de consolo. Felizmente, servimos ao “Deus de toda consolação”. Não precisamos sucumbir ao desânimo, à dúvida nem à descrença.

A palavra grega traduzida como “consolação”, em nosso texto de hoje, é parakl?sis. Ela nos remete ao Espírito Santo, o parakl?tos, Consolador divino. Ele é o agente por meio do qual Deus consola Seus filhos, seja usando instrumentos humanos que simpatizem conosco, seja relembrando-nos das incontáveis promessas do cuidado de Deus, seja Ele mesmo reacendendo a fé e a esperança em nosso coração.

De acordo com o Comentário Bíblico Adventista, a consolação aqui referida vai além do conforto recebido em momentos de angústia e tristeza. Inclui todo o trabalho de Deus em favor de Seus filhos, moldando e santificando o caráter deles. A respeito de Cristo foi dito: “Porque convinha que Aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos à glória, aperfeiçoasse, por meio do sofrimentos, o Autor da salvação deles” (Hb 2:10). Sim, Jesus Cristo assumiu nossa humanidade e experimentou nossos sofrimentos e aflições. Isso Lhe permite simpatizar-Se conosco, como fiel e misericordioso Sumo Sacerdote.

O conforto que recebemos da Fonte não deve ser represado em nós. Há outras pessoas na jornada da vida que enfrentam dilemas. Como afirmou Matthew Henry: “Somos encorajados a entrar corajosamente no trono da graça para que possamos obter misericórdia e encontrar a graça para ajudar em tempo de necessidade. O Senhor é capaz de dar paz à consciência perturbada e acalmar as paixões furiosas da alma. Ele fala de paz às pessoas, concedendo a remissão gratuita dos pecados. Conforta pelas influências vivificantes do Espírito Santo e pelas riquezas de Sua graça. É capaz de restaurar o coração partido, curar as feridas mais dolorosas, dar esperança e alegria sob as dores mais profundas. Os favores divinos não são apenas para nos tornar alegres, mas também para que possamos ser úteis a outros” (Matthew Henry’s Concise Commentary on the Whole Bible, 2Co 1:1-11).

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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