O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. – Eclesiastes 1:9

Em Eclesiastes 1, Salomão, o pregador, demonstra que tudo é vaidade, porque as criaturas são inquietas em seus percursos, e porque elas não produzem nada novo e todas as coisas antigas são esquecidas. Ele descobriu tudo isso estudando a sabedoria.

Palavras  (relatório, noticia, mensagem…) do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Como filho de Davi, subentende-se que seja Salomão o autor de Eclesiastes (v.1).
Nada faz sentido (2-11):

Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. (a palavra vaidade aparece 37 vezes em Eclesiastes). Salomão destaca o final inútil  e insatisfatório da vida e do esforço humano, a menos que sejam direcionados para Deus. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu. O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando, e volta fazendo os seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.   

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Todas as coisas continuam a fluir como sempre. Ano após ano, é sempre a mesma coisa. Se alguém grita: “Ei, isso é novo!”, não se anime, é a mesma velha história!

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois. 

A inutilidade da sabedoria (v.12-18):

Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. Apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar. Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito (Salomão cultivou a mente com diligência; ele se entregou ao estudo da história natural, filosofia, poesia e de outros conhecimentos proveitosos. Ele enfatiza o caráter insuficiente de muitos dos esforços e estudos humanos).

Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular. Falei eu com o meu coração, dizendo: Sou mais sábio que todos os reis que governaram em Jerusalém antes de mim. Tenho mais sabedoria e conhecimento que eles. E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito. A conclusão a que cheguei foi: esforçar-me para obter sabedoria e conhecimento produz um vazio – é como nadar contra a maré.

Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor. Quanto mais se sabe, maior é a responsabilidade; quanto mais se aprende, maior é o sofrimento.

A pesquisa constante e intensa cobra seu preço das forças e da saúde. Também é verdeiro que elevado conhecimento não é sinal de caráter. A justiça de Cristo, recebida pela fé, abra as portas do reino celestial, o que o conhecimento por si só não pode alcançar.

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