Embora o povo de Israel seja numeroso como a areia do mar, apenas um remanescente voltará. Isaías 10:22

Em Isaías 10, o profeta apresenta os Ais sobre os tiranos. A Assíria, a vara dos hipócritas, por seu orgulho, será destruída. Um remanescente de Israel será salvo. Israel é consolado com a promessa de libertação do poder da Assíria, pois esta nação ímpia se excedeu nas ordens do Senhor, e acreditou que o poder vinha deles mesmos, e não do Criador.
O castigo de Israel (v.1-4):
Ai daqueles que fazem leis injustas,  que aflição espera os juízes injustos e os que escrevem decretos opressores, para privar os pobres dos seus direitos e da justiça os oprimidos do meu povo, fazendo das viúvas sua presa e roubando dos órfãos! Que farão vocês no dia do castigo, quando a destruição vier de um lugar distante? Atrás de quem vocês correrão em busca de ajuda? Onde deixarão todas as suas riquezas? Nada poderão fazer, a não ser encolher-se entre os prisioneiros ou cair entre os mortos. Apesar disso tudo, a ira divina não se desviou; sua mão continua erguida para o castigo (Deus apresenta os crimes pelos quais Seu povo será julgado. Ele decretou a sentença, e a Assíria será o instrumento pelo qual a sentença será executada).

Julgamento contra a Assíria (v.5-19):

“Ai dos assírios, a vara do meu furor, em cujas mãos está o bastão da minha ira! Eu os envio contra uma nação ímpia, contra um povo que me enfurece, para saqueá-lo e arrancar-lhe os bens, e para pisoteá-lo como a lama das ruas. O rei da Assíria não entenderá que é meu instrumento; esse não é o seu modo de pensar; antes, o seu propósito é destruir e dar fim a muitas nações.

“Em breve, cada um dos meus príncipes será rei. Acaso não aconteceu a Calno o mesmo que a Carquemis? Hamate não é como Arpade e Samaria como Damasco, que caíram diante de nós? Assim como a minha mão conquistou esses reinos idólatras, reinos cujas imagens eram mais poderosas do que os deuses de Jerusalém e de Samaria, eu tratarei Jerusalém e suas imagens como tratei Samaria e seus ídolos”.

Quando o Senhor terminar toda a sua obra contra o monte Sião e contra Jerusalém, ele dirá: “Castigarei o rei da Assíria pelo orgulho obstinado de seu coração e pelo seu olhar arrogante. Pois ele diz: ‘Com a força da minha mão eu o fiz, e com a minha astuta sabedoria removi as fronteiras das nações, saqueei os seus tesouros; como um poderoso touro subjuguei seus habitantes e derrubei os seus reis.  Como se estica o braço para alcançar um ninho, assim estiquei o braço para apanhar a riqueza das nações; como os que ajuntam ovos abandonados, assim ajuntei toda a terra; não houve ninguém que batesse as asas ou que desse um pio contra mim”.

Será que o machado se exalta acima daquele que o maneja, ou a serra se vangloria contra aquele que a usa, será que são mais importantes do que o que os utiliza? Seria como se uma vara manejasse quem a ergue, ou o bastão levantasse quem não é madeira! Por isso o Senhor dos Exércitos, enviará uma enfermidade devastadora sobre os seus fortes guerreiros; no lugar da sua glória se acenderá um fogo como chama abrasadora. A Luz de Israel se tornará um fogo; o seu Santo, uma chama. Devorará como fogo os espinhos e o mato e queimará o inimigo em um só dia. A glória das suas florestas e dos seus campos férteis se extinguirá totalmente, como definha um enfermo. E as árvores que sobrarem nas suas florestas serão tão poucas que até uma criança poderá contá-las.

Esperança para o remanescente do Senhor (v.20-34):

Naquele dia o remanescente de Israel, os sobreviventes da descendência de Jacó, já não confiarão naquele que os feriu, nem em seus aliados, antes confiarão no Senhor, no Santo de Israel, com toda a fidelidade. Um remanescente voltará, sim, o remanescente de Jacó voltará para o Deus Poderoso. Embora o povo de Israel, seja como a areia do mar, apenas um remanescente voltará. A destruição já foi decretada.

O Senhor dos Exércitos, executará a destruição decretada sobre todo o país.  Por isso o Senhor diz: “Povo meu que vive em Sião, não tenham medo dos assírios, quando eles os espancam com uma vara e erguem contra vocês um bastão, como fez o Egito contra vocês há muito tempo atrás. Muito em breve o meu furor passará, e a minha ira se voltará para a destruição dos assírios”. O Senhor dos Exércitos os flagelará com um chicote, como fez quando feriu Midiã na rocha de Orebe, através de Gideão; ele erguerá o seu cajado contra o mar, como fez no Egito. Naquele dia o fardo deles será tirado dos seus ombros, e o jugo deles do seu pescoço; o jugo se quebrará porque vocês estarão muito gordos, o Senhor acabará com sua servidão!

Eles entram em Aiate; passam por Migrom; guardam seus pertences e suprimentos em Micmás. Atravessam o vale e dizem: “Passaremos a noite acampados em Geba”. Ramá treme de medo; Gibeá, a cidade natal de Saul foge para se salvar. Clamem, ó habitantes de Galim! Escute, ó Laís! Pobre Anatote!  Madmena está em fuga; o povo de Gebim esconde-se. Hoje eles vão parar em Nobe; sacudirão o punho para o monte da cidade de Sião, para a colina de Jerusalém. Mas vejam! O Soberano, o Senhor dos Exércitos, cortará os galhos com grande força. As árvores altivas da Assíria serão derrubadas, as altas árvores serão lançadas por terra. Com um machado ele ceifará a floresta; o Líbano cairá diante do Poderoso.

Deus usou a Assíria para realizar a tarefa contra o Seu povo de Israel. Mas, a Assíria pensava só em si mesma, não em Deus. Ela deseja apenas saquear e conquistar. Quando humilhou Jerusalém, considerou a si e a seu deus como mais fortes que Jerusalém e seu Deus. Não entendeu que não poderia ter feito nada contra Judá ou qualquer outra nação sem o aval de Deus. O rei Acaz confiou na Assíria em vez de confiar em Deus. Mas um remanescente ficou em Judá, e estes colocaram a confiança no Senhor, que estava com eles. Deus permitiu que o povo tivesse essas experiências difíceis com o fim de convertê-los. Apesar de utilizar uma nação ímpia para castigar Israel, Ele estava no comando de tudo, e no momento oportuno restabeleceria os remanescentes para dar continuidade ao Seu povo.

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