ISAÍAS 24 – A DESTRUIÇÃO DA TERRA E O REMANESCENTE

A terra seca-se e murcha, o mundo definha e murcha, definham até mesmo os mais nobres da terra. A terra está contaminada pelos seus habitantes, porque desobedeceram às leis, violaram os decretos e quebraram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a terra, e seu povo é culpado, os habitantes da terra são consumidos pelo fogo, ao ponto de sobrarem pouquíssimos.

O vinho novo seca, e a videira murcha; todos os que se divertiam gemem. O som festivo dos tamborins foi silenciado, o barulho dos que se alegram parou, a harpa cheia de júbilo está muda. Já não bebem vinho entoando canções; a bebida fermentada é amarga para os que a bebem. A cidade vã está em ruínas; a entrada de cada casa está fechada para que ninguém entre.  Nas ruas clamam por vinho; toda a alegria chegou ao fim, toda celebração foi eliminada da terra. A cidade foi deixada em ruínas, seus portões feito em pedaços. 

A alegria dos justos remanescentes (v.13-16):

Assim será na terra, entre as nações, sobrou apenas um remanescente, como as azeitonas que sobram quando a árvore é sacudida, ou se buscam os restos das uvas após a colheita. Mas os que restaram erguem as vozes, cantam de alegria; desde o Ocidente aclamam a majestade do Senhor. Dêem glória, pois, ao Senhor no Oriente, e nas ilhas do mar exaltem o nome do Senhor, o Deus de Israel. Desde os confins da terra ouvimos cantarem: “Glória seja dada ao Justo! ”

A ruína dos transgressores (v.17-23):

Meu coração, porém, está pesado de angústia; chorem por mim, pois desfaleço. O engano ainda prevalece; há traição por toda parte. Pavor, cova e laço o aguardam, ó habitantes da terra! Quem fugir ao grito de terror cairá na cova; quem sair da cova será pego no laço. Abertas estão as comportas dos céus; tremem os alicerces da terra. A terra foi despedaçada, está destruída, totalmente abalada! Cambaleia como um bêbado, balança como uma cabana ao vento; tão pesada sobre ela é a culpa de sua rebelião que cai para nunca mais se levantar! 

Naquele dia o Senhor castigará os poderes em cima nos céus e os reis em baixo na terra. Eles serão arrebanhados como prisioneiros numa masmorra, trancados numa prisão e castigados depois de muitos dias. A lua ficará humilhada, seu esplendor minguará, e o brilho do sol, envergonhado, se apagará; pois o Senhor dos Exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém, glorioso na presença dos seus líderes!

Deste capítulo até o 28, o profeta Isaías descreve as cenas finais, quando o povo de Deus será liberto e seus inimigos, derrotados. O profeta apresenta uma descrição vívida da Terra depois que os reis forem subjugados, e antes de o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião em Jerusalém. João aplica essa descrição da Terra à sua condição desolada durante o milênio (Apocalipse 20). Quando em toda parte houver pranto e ranger de dentes por causa dos horrores a sobrevirem ao mundo, os justos verão que sua tristeza se transforma em alegria e que se inicia a alegre manhã da eternidade.