Despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. Colossenses 2:15

Ao banir Satanás do Céu, Deus declarou Sua justiça e manteve a honra de Seu trono. Quando, porém, o homem e a mulher pecaram, cedendo aos enganos desse espírito apóstata, Deus ofereceu uma prova de Seu amor, entre­gando o Filho unigênito para morrer pela humanidade decaída. Na expiação, o caráter de Deus é revelado. O poderoso argumento da cruz demonstra a todo o universo que o caminho do pecado, escolhido por Lúcifer, de maneira alguma era atribuível ao governo de Deus.

Na luta entre Cristo e Satanás, durante o ministério terrestre do Salvador, foi desmascarado o caráter do grande enganador. Nada poderia tão eficazmente ter desarraigado de Satanás as afeições dos anjos celestiais e de todo o universo fiel, como o fez a sua guerra cruel ao Redentor do mundo. A ousada blasfêmia de sua pretensão de que Cristo lhe rendesse homenagem, seu pretensioso atrevimento ao levá-lo ao cume da montanha e ao pináculo do templo, o mau intuito que se denuncia ao insistir com Ele para que Se lançasse da vertiginosa altura, a malignidade vigilante com a qual assaltava Jesus de um lugar a outro, inspirando o cora­ção de sacerdotes e do povo a rejeitarem Seu amor, e o brado final: “Crucifica-O, crucifica-O” – tudo isso despertou o assombro e a indignação do universo.

Foi Satanás que promoveu a rejeição a Cristo por parte do mundo. O prín­cipe do mal exerceu todo o seu poder e engano a fim de destruir Jesus, pois viu que a misericórdia e o amor do Salvador, Sua compaixão e terna brandura esta­vam representando ao mundo o caráter de Deus. Satanás contestava tudo a que o Filho do homem pretendia, empregando pessoas como seus agentes a fim de encher de sofrimento e tristeza a vida do Salvador. O engano e falsidade pelos quais havia procurado atrapalhar a obra de Jesus, o ódio demonstrado por meio dos filhos da desobediência, suas cruéis acusações contra Aquele cuja vida era de bondade sem precedentes, tudo proveio de um sentimento de vingança profun­damente arraigado. Os fogos da inveja e maldade, ódio e vingança, que se acha­vam contidos, irromperam no Calvário contra o Filho de Deus, ao mesmo tempo que o Céu todo contemplava a cena em silencioso horror. […]

A culpa de Satanás foi apresentada então sem retoque. Ele tinha revelado seu verdadeiro caráter como mentiroso e assassino (O Grande Conflito, p. 500, 502).Jesus e a via crucis

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