Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará. Hebreus 10:37, ACF

No início da obra adventista na América do Sul, os “protestantes hereges”, como eram chamados nossos pioneiros, não podiam enterrar seus familiares nos cemitérios da comunidade. Por isso, em alguns locais, nossos irmãos tiveram que ser enterrados no terreno da própria igreja. Dessa realidade nasceram os cemitérios adventistas. No território da Divisão Sul-Americana ainda existem cinco.

Conheço bem alguns deles. No Cemitério Adventista de Campo dos Quevedos, no interior do estado do Rio Grande do Sul, está enterrado meu bisavô, Henrique Köhler. No Cemitério Adventista da Fazenda Passos, também no Sul do Brasil, estão meus avós, Júlio Carlos Köhler e Lídia Marquart Köhler. Muitas vezes estive ali para ouvir histórias de irmãos fiéis, famílias dedicadas e líderes que deram uma importante contribuição à obra do Senhor. Todos descansaram confiando que mais “um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10:37, ACF).

Mesmo morando longe, algumas vezes viajei até o cemitério de Rolante com minha família para contar algumas histórias inspiradoras de pessoas que estão enterradas nesses locais. Ao levar meus filhos comigo, meu objetivo é impactar a vida deles e mostrar que nossa esperança não pode ser sepultada.

No cemitério ao lado da primeira Igreja Adventista do Brasil, em Gaspar Alto, uma placa confirma a certeza de que, em breve, esses lugares terão muito movimento e testemunharão reencontros emocionantes. Não só neles, mas em todos os locais onde descansam os “mortos em Cristo” (1Ts 4:16).

A placa reproduz o seguinte texto de Ellen White: “A voz do filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: ‘Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!’ […] Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte reúnem-se para nunca mais se separarem” (O Grande Conflito, p. 644, 645).

Nossa esperança não morre no cemitério. Jesus em breve voltará! Quando esse dia chegar, a morte não poderá mais reter os salvos, e nós viveremos para sempre com o Senhor na companhia de nossos queridos e irmãos. É só um pouco mais.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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