Meditarei no glorioso esplendor da Tua majestade e nas Tuas maravilhas. Salmo 145:5

Pessoas sentadas, imóveis, com as pernas cruzadas em posição de lótus, deitadas ou em outras posições exóticas em espaços públicos já não despertam a curiosidade. Nós as vemos e sabemos que estão imersas na prática da meditação, segundo suas crenças orientais. Às posições, elas associam técnicas específicas a fim de alcançar objetivos como relaxar e obter alguma ligação espiritual mística.

A prática da meditação também está presente na Bíblia, mas com enfoque diferente. Essa foi uma conduta habitual na experiência de Davi. A respeito disso, ele faz várias referências no livro dos Salmos. Por exemplo, o rei desejou que sua meditação fosse agradável a Deus (Sl 104:34). A lei e os preceitos divinos eram tema constante nessa prática (Sl 119:105; 48, 78). Também mencionou que ter a lei como assunto de sua meditação, “de dia e de noite” é característica do homem que teme ao Senhor (Sl 1:2). Há outros exemplos de personagens das Escrituras que também meditavam: Isaque (Gn 24:63), Pedro (At 10:19) e o próprio Jesus, que tomava tempo para meditar e orar (Mt 14:13; Lc 5:16).

Na meditação cristã, nós nos desligamos de tudo a nosso redor e, pela fé, entramos na presença de Deus. Permitimos que Ele nos fale, ouvimos a Sua voz e a Ele nos dirigimos, em um diálogo que amplia nossa visão espiritual e nos transforma, inspirando em nós a disposição de obedecer à Sua Palavra. Nessa experiência, saímos da teoria e vivenciamos de maneira prática o que significa ser amigos de Jesus. Então não damos nem mesmo um passo sem a certeza de que Ele vai conosco e fala conosco. Precisamos dessa experiência.

Em nosso texto, Davi nos lembra de temas para meditação: a grandeza e os feitos de Deus. Certamente, isso envolve as maravilhas da criação, na terra e no espaço, as intervenções divinas contra os inimigos e a maravilha da graça com que ele foi agraciado. A esse cenário somos levados pelo salmista. A imensidão do mesmo Deus, os sucessivos livramentos de que somos alvo e as maravilhas da graça que nos alcança devem capturar nossa mente, esvaziá-la de tudo o que é supérfluo e enchê-la de Deus.

Pensemos em Deus neste dia. Cantemos a Ele, relembremos e celebremos Seus feitos em nosso favor. Deliciemo-nos com as imagens do imenso quadro da natureza. Falemos a Ele, ouçamos Sua voz. Sejamos-Lhe agradecidos pelas maravilhas da graça com que nos envolve.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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