Vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus. Efésios 2:8

Franz Joseph foi um dos homens mais poderosos da Europa em sua época. Filho do arquiduque Franz Karl, da Áustria, e da princesa Sofia, da Bavária, Franz Joseph nasceu em 1830 e morreu em 1916. Governou sobre seus territórios por quase 68 anos. Era o todo-poderoso imperador da Casa de Habsburgo, que dominou o Império Austro-Húngaro desde 1273 até a época da I Guerra Mundial.

Os títulos do homem dariam para encher meia página: sua majestade imperial e apostólica, Franz Joseph I, pela graça de Deus, imperador da Áustria, rei apostó­lico da Hungria, rei da Boêmia, rei da Dalmácia, rei da Croácia, rei da Eslavônia, rei da Galícia, rei da Lodoméria e Ilíria, rei de Jerusalém…

Porém, até os imperadores morrem. O sepultamento de Franz Joseph, o último dos grandiosos funerais imperiais da Europa, foi em novembro de 1916. No dia do funeral, os nobres da corte se vestiram totalmente de branco, colocaram chapéus cobertos com plumas de avestruz e foram se despedir do grande imperador. Uma banda militar criou o clima emocional. Então o cortejo saiu carregando o caixão coberto com as cores imperiais (preto e dourado).

Finalmente, a procissão chegou aos portões de ferro da cripta dos Habsburgos, em Viena. Do lado de dentro, o cardeal-arcebispo da cidade, junto com um séquito de altos oficiais da igreja, esperava a chegada dos representantes da nobreza. Então, seguindo uma cerimônia imemorial, o mestre de cerimônias bateu na porta com o cabo da espada cerimonial.

“Abram!”, ordenou. “Quem vem lá?”, disse o cardeal. “Trazemos os restos de sua majestade imperial e apostólica, Franz Joseph I, pela graça de Deus, imperador da Áustria, rei apostólico da Hungria, defensor da fé, rei da Boêmia, rei da Dalmácia…”, e enumerou os 37 títulos do imperador. “Não o conhecemos”, disse o cardeal. “Quem vem lá?” “Trazemos os restos mortais de sua majestade Franz Joseph I, imperador da Áustria e rei da Hungria”, respondeu o chefe do cerimonial, usando uma forma abreviada permitida apenas em situações de grande emergência. “Não o conhece­mos”, insistiu o cardeal. “Quem vem lá?” “Trazemos o corpo de Franz Joseph, nosso irmão, pecador como todos nós!” Com essas palavras, as pesadas portas se abriram vagarosamente, e o corpo de Franz Joseph foi levado para dentro.

Somente quando nos despojarmos de nossas pompas imperiais, reconhecendo nossa condição de pecadores e nossa necessidade da graça de Deus, poderemos entrar pelos portões do Céu. “Quem vem lá?” “Um pecador salvo pela graça de Cristo.”

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