Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Lucas 12:20

Estamos nos aproximando do último dia do ano. Normalmente, a virada de ano é momento de reflexão pessoal, gratidão e novos propósitos. Basta observar quantas festas, cerimônias e até atividades supersticiosas são promovidas nesse período. Há uma motivação especial no ar; mas, por outro lado, não existe nada de mágico em 31 de dezembro. É apenas uma mudança de data.

A expressão “último dia”, porém, deve provocar uma reflexão mais profunda. Não falo da festa de 31 de dezembro, mas do último dia de vida. Qual seria sua atitude se soubesse que esse dia chegou? O que mudaria em seus planos, pensamentos, decisões e atitudes? Quando alguém perguntava a John Wesley o que ele faria se tivesse a certeza de que Jesus ­voltaria amanhã e esse fosse seu último dia na Terra, ele respondia que faria exatamente o que havia planejado. Qual seria sua resposta?

Jesus alertou sobre o assunto quando contou a parábola do rico tolo, que pensava em acumular riquezas, fazer investimentos e aproveitar a vida, sem considerar o dia seguinte. Ele terminou com um duro apelo: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12:20).

Ellen White tinha a mesma preocupação: “Devemos vigiar e trabalhar e orar como se este fosse o último dia que nos fosse concedido” (Test. Seletos, v. 2, p. 60). A cada manhã, ela diz, devemos consagrar nossa vida a Deus. “Não façam cálculos para meses ou anos; eles não lhes pertencem. Um curto dia é o que lhes é dado. Como se fosse esse seu último dia na Terra, trabalhem para o Mestre durante as suas horas” (Test. Seletos, v. 3, p. 93).

Se a sua vida for um exemplo, nenhuma pessoa que tiver contato com você viverá seu último dia sem oportunidade de salvação. Afinal, 10% das pessoas leem a Bíblia e 90% leem nossa vida. Por meio de seu exemplo pessoal, as pessoas conhecerão o caminho para se entregar ao Senhor.

Quando cuidamos de nossos valores espirituais e os compartilhamos com outras pessoas, estamos sempre preparados e podemos dizer com tranquilidade: “Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Rm 14:8).

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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