Ele dá alimento aos animais e aos filhos dos corvos, quando clamam. Salmo 147:9

Ao agredir um cachorro que perambulava em seu local de trabalho, causando-lhe a morte, um segurança atraiu sobre si um turbilhão de protestos, ação do Ministério Público, afastamento do trabalho, e teve que dar explicações à polícia. Parece-me que, como em nenhuma outra época, os animais estão no centro das atenções. Eles estão na pauta de noticiários, que denunciam qualquer irregularidade no trato dispensado a eles. Há uma ampla variedade de serviços prestados e lojas de produtos exclusivos para eles no comércio.

Não tendo sido feitos à imagem e semelhança do Criador, mas cada qual “segundo a sua espécie”, confesso que acho curioso que eles sejam tratados quase como se fossem seres humanos. Há muita gente necessitada de carinho e atenção, mas que não os recebe em medida igual ao que recebem os animais.

Por favor, não me entenda mal! Em casa, já convivemos com três cachorrinhos, presenteados às nossas filhas. Com eles, tivemos muitas chances de refletir sobre sensibilidade, afeto, dedicação e lealdade. Mesmo repreendidos, não se afastavam, mas se aproximavam de nós. Eles têm sua maneira de sentir. Em 2018, o mundo viu o labrador Sully deitado junto ao caixão em que estava o corpo do ex-presidente George Bush, seu dono ilustre.

Deus criou os animais e Se preocupou em preservar cada espécie durante o dilúvio. Proveu diretrizes para o cuidado de animais de carga (Dt 22:6, 7; 25:4). Um jumentinho foi utilizado por Jesus em Sua entrada triunfal em Jerusalém. “Cabe ao homem procurar aliviar o peso do sofrimento que sua transgressão acarretou sobre as criaturas de Deus, em vez de aumentá-lo. Aquele que maltrata os animais porque os tem em seu poder é covarde e tirano. A disposição para causar dor, quer seja a nosso semelhante quer aos seres irracionais, é satânica” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 443).

A Nova Terra recriada por Deus terá a convivência harmônica de diversas espécies animais (Is 11:6, 7; 65:25) “No entanto, não podemos estar certos de que isso se dará pela ressurreição dos animais que antes existiram na Terra. Pode ser que Deus decida criar novos animais para essa finalidade” (Milton Torres, Ministério, jan/fev, 2008, p. 29). O certo é que eles não serão excluídos do plano divino para a eterna felicidade dos remidos. Isso justifica o fiel exercício de nossa mordomia com essa parcela da criação.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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