Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios. Efésios 3:1

Ao escrever a carta aos Efésios, Paulo estava preso em Roma, aguardando ser entregue a Nero. Em prisão domiciliar, o apóstolo morava em uma casa alugada e não podia andar livremente pela cidade. Um soldado o vigiava dia e noite. Em Efésios 3:1 a 13, Paulo fala sobre como foi comissionado por Jesus Cristo e a respeito de seu trabalho entre os gentios.

No verso 1, ao identificar-se como “prisioneiro de Cristo Jesus”, o apóstolo destaca a soberania de Deus, pois nada acontece sem a permissão Dele. O Senhor que pisoteou a morte e rompeu os grilhões da sepultura, ressuscitando a Cristo, não podia ser limitado por qualquer poder terrestre, ainda que fosse o férreo Império Romano. Paulo sabia que se Jesus não tivesse algum propósito para ele em sua prisão, poderia libertá-lo quando e como desejasse. Em última instância, o apóstolo não era prisioneiro de Roma, mas de Cristo Jesus; e isso fazia toda diferença.

Ao lado da soberania de Deus está Sua bondosa providência. Ele sempre tem um bom propósito ao nos permitir passar por adversidades. Em uma ocasião em que Paulo e Silas estavam presos, louvaram ao Senhor, e um terremoto abriu as cadeias. O fato inusitado resultou na conversão do carcereiro (At 16:25, 26). Paulo sabia que nem todas as coisas são boas, mas que, por meio delas, Deus age bondosamente, tendo em vista um fim proveitoso (Rm 8:28).

O Senhor não apenas é soberano e bom, mas também é infinitamente sábio. Se Ele administra todas as circunstâncias da vida para nos levar a um fim proveitoso, pode ser que não mude algumas circunstâncias negativas para o nosso bem. Deus não removeu o amargo cálice do Getsêmani das mãos de Seu Filho (Mt 26:39) nem o “espinho na carne” do apóstolo Paulo (2Co 12:7-9). Mas, nos dois casos, ficou evidente a submissão de ambos à vontade divina.

É assim, submissos e confiantes no amor do Pai, que seremos capazes de desfrutar o privilégio de ser prisioneiros de Cristo Jesus, ou seja, a segurança de saber que, nas horas mais difíceis, Deus cumprirá Seus propósitos em nossa vida e a tornará frutífera. É o privilégio de partilhar dos sofrimentos de Cristo. É viver em absoluta e máxima segurança. É experimentar descanso, paz, calma, confiança e manter a esperança, independentemente de qualquer provação.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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