Pois decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 1 Coríntios 2:2

Ao ser abordado com questões bíblicas razoavelmente difíceis, um homem costumava se esquivar com esta resposta: “Só sei que somos salvos pela fé”. Sendo assim tão simples, o evangelho não é compreendido totalmente pelo ser humano. É simples porque tudo se resume neste fato: Um Deus Se fez homem, veio viver entre os homens e Se entregou em sacrifício, morrendo numa cruz, para salvar os pecadores. Aceitando Seu sacrifício substitutivo, pela fé, o ser humano é perdoado, recebe salvação e tem a chance de vida eterna com Deus. Então “já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

Entretanto, não sendo simplório, o evangelho tem na simplicidade sua profundidade. Jesus Cristo é o Verbo divino, Criador (Jo 1:3), possuidor de “toda a plenitude da Divindade” (Cl 2:9), a respeito de quem é dito ser “antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste” (Cl 1:16, 17). Diante disso, quem há que possa entender o fato de que Ele tenha Se esvaziado a Si mesmo, “vindo a ser servo, tornando-Se semelhante aos homens”, humilhando-Se a Si mesmo, sendo “obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:7, 8)? O princípio motivador de tudo isso, o amor de Deus, será tema de estudo para os remidos por toda a eternidade.

Nos dias de Paulo, os intelectuais gregos, buscando sabedoria, se interessavam apenas em filosofar, teorizar e especular. Para eles, o evangelho era nada mais que loucura. Por sua vez, os judeus, em busca de sinais, se escandalizavam diante da história da cruz (1Co 1:22, 23). No entanto, o apóstolo tinha em Cristo, “e este crucificado”, o centro de sua pregação.

No mundo atual, reações idênticas àquelas não são raras. A sofisticada mentalidade humana em nossos dias não entende a mensagem do evangelho. Suas esperanças de vida melhor estão concentradas no conhecimento, progresso científico, riqueza, fama, prazer e relativismo. E mais: talvez alguns, mais familiarizados com o evangelho, ainda se perguntem: Sublime como é a salvação, acaso não exige que nos esforcemos na tentativa de praticar e acumular boas obras, a fim de que possamos merecê-la ou conquistá-la? Não, não existem alternativas ao evangelho puro, simples e profundo da graça de Deus, personificado em Jesus. Ele é o centro e a razão de nossa fé. Nosso esforço deve estar em buscá-Lo cada dia.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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