Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco. Provérbios 23:31-32

Em Provérbios 23, Salomão insiste em algumas coisas muito importantes para o nosso relacionamento familiar e a estrutura do lar: a educação da criança, os efeitos da bebida alcoolica e os falsos prazeres ao buscar uma prostituta.

Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que é posto diante de ti. Para não condescender com o apetite, e cair na glutonaria. E se és homem de grande apetite, põe uma faca à tua garganta.  Não vá com tanta sede ao pote. Não cobices as suas iguarias porque são comidas enganosas. Pode haver segundas intenções por traz de uma refeição assim. Mantenha distância ou concentre a mente nos negócios, não no prazer (V.1-3).

Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. A sabedoria mundana aconselha a cuidar de si e a acumular o máximo possível de riquezas. As riquezas são incertas. Quando os olhos brilham diante das riquezas, logo elas vão embora (v.4-5).

Não comas com pessoas mesquinhas, nem deseje suas iguarias. Não aceite a hospitalidade dessas pessoas, elas procuram retorno a tudo aquilo que dão. Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo. Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras. Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras (v.6-9). 

Não altere as demarcações do terreno do desamparado, nem o engane, porque o Seu redentor é poderoso; e pleiteará a causa deles contra ti. Deus  defende a causa dos oprimidos e vingará os inocentes (v.10-11).

Aplica o teu coração à instrução e os teus ouvidos às palavras do conhecimento. Ouça atentamente a voz da experiência (v.12).

Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Não adies a correção dos maus hábitos da criança até que se transformem em traços de caráter. A vara da disciplina pode muito bem salvá-a da morte (v.13-14).

Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração. Sentirei profunda alegria quando seus lábios expressarem o que é certo. O tutor pode julgar o sucesso de seu trabalho pela reação de seus pupilos (v.15-16).

O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do Senhor todo dia. Parece que os malfeitores prosperam e vivem felizes e despreocupados, mas o fim deles não é bom. Por mais que  o perverso prospere nesta vida e por mais que o justo sofra, o futuro corrigirá a situação (v.1-18).

Ouve tu, filho meu, e sê sábio, e dirige no caminho o teu coração. Devemos controlar as emoções e os desejos que surgem na mente. Os pensamentos certos levam a ações corretas. Não estejas entre os beberrões, nem entre os comilões. O equilíbrio deve ser um procedimento natural diante desses excessos dos demais. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos (v.19-21).

Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer. Os conselhos dos pais e os cuidados com os mesmos são as atitudes que se espera de um filho sábio. Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento. Grandemente se regozijará o pai do justo, e o que gerar um sábio, se alegrará nele (v.22-25).

Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos. Siga este meu conselho. A prostituta é um poço sem fundo, e a mulher devassa é confusão certa. Ela se põe à espreita, e roubará tudo o que você tem, pois é pior que uma quadrilha de assaltantes (v.26-28).

Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Esta é uma das maiores causas de pecado e sofrimento que o inimigo estimulou o ser humano a inventar. Para os que se demoram perto do vinho, para os que buscam bebida forte. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No fim, picará como o basilisco (cobra venenosa).  Você terá alucinações e dirá coisas sem sentido. Ficará tonto como o marinheiro em alto-mar, agarrado ao mastro em meio à tempestade. E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez (v.29-35).

Como podemos perceber, Salomão insiste muito nos efeitos do alcool no corpo de quem os consome, e as situações constrangedoras a que o bêbado se submete. Nada disso é útil, pois quando passa o efeito da bebida alcoólica, as consequências são grandes, dor de cabeça e ressaca.

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