Este filme narra a história real de Vivien Thomas (1910-1985), um afro-americano e do Dr. Alfred Blalock (1899 – 1964) de forma marcante. Duas pessoas totalmente diferentes em níveis de classes sociais e cor. O foco do filme é a narrativa da Segregação Racial. Nos EUA daquela época, os negros eram discriminados, separados como raça inferior, vivendo numa liberdade escravizada, tratados como escória, marginalizados em tudo, onde não podiam frequentar ambientes destinados à elite branca, até mesmo dentro das instituições públicas.

Vivien Thomas era um jovem carpinteiro da cidade de Nashville no ano de 1930. Ele é demitido quando chega a Grande Depressão, pois estavam dando preferência para quem tinha uma família para sustentar. Ele consegue um emprego para ser zelador no Laboratório de Cirurgias Experimentais Vanderbilt. Lá ele começa trabalhar para o Dr. Alfred que logo vê nele mais que um simples homem negro, mas uma pessoa de grande talento e de fácil aprendizagem.

Infelizmente a Depressão o atinge duplamente, pois sumiram as economias de 7 anos, que ele guardou com sacrifício para fazer a faculdade de medicina, pois o banco faliu. Ao lado do grande Dr. Alfred, Vivien tem a chance aprender muitas coisas. Pesquisas e experimentos são realizados pelos dois trazendo grandes resultados.

A história avança e por volta do ano de 1945 o Dr. Alfred Blalock se torna o novo presidente e chefe do departamento de cirurgias do Hospital Universitário John Hopkins. É claro que Vivien vai junto com o Dr. Alfred para o auxiliá-lo nos laboratórios. Logo o Dr. Alfred assume a missão de pesquisar uma solução para uma doença conhecida como o caso do Bebê Azul, manifestada por um problema cardíaco.

Muitas pessoas veem com olhos torcidos a presença de Vivien no laboratório pois além de ser negro, ele nunca havia estudado medicina. Muitos, na Universidade, tentem dissuadir o Dr. Alfred a esquecer o caso, mas ele se mantém firmes nas pesquisas junto a Vivien. Finalmente eles encontram uma possível solução por meio de uma intervenção cirúrgica (fato que não era visto com bons olhos, pois até então se acreditava que o coração não poderia ser operado).

Juntos eles mudaram o rumo da medicina, realizando um grande feito. Mas a critica do filme gira em torno do fato de que apenas o Dr. Alfred ficou com os créditos. Para o resto da sociedade Vivien Thomas não era médico. Ele não era ninguém. Ele era invisível. Vivien deixa o Laboratório, mas não consegue esquecê-lo. Ele pede para retornar ao Hospital. O Dr. Alfred continua com suas pesquisas e Vivien consegue de certa forma seu reconhecimento.

Com o tempo ele se torna o Diretor de Laboratórios do Hospital. No epílogo, fica clara a mensagem subentendida do filme, quando o sonho de Vivien se torna realidade, recebendo o título de Doutor Honoris Causa. O Dr. Vivien Thomas, nunca fez o curso de medicina, mas com sua determinação ele mudou o rumo das pesquisas em torno no coração e chefiou e ensinou diversos médicos nos processos das cirurgias cardíacas merecendo assim esse reconhecimento. Só nos Estados Unidos hoje é realizada 1.750.000 cirurgias cardíacas por ano graças ao que esses dois homens fizeram em vida.

Alan Rickman (Harry Potter e o Cálice de Fogo), interpreta o dr. Alfred Blalock,  e Mos Def (Uma Saida de Mestre), interpreta Vivien Thomas. Vale a pena assistir, pois muitas pessoas acham que não tem como alcançar seus objetivos, e esse filme mostra que são necessárias: determinação e  persistência para se chegar lá.

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