Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força, mas não o quisestes. Isaías 30:15

O comportamento de Judá sempre foi marcado pela inconstância. Muitas vezes o povo de Deus era encontrado estabelecendo alianças com potências do Norte e do Sul, aliando-se ora com a Assíria ora com o Egito. Em Isaías 30, o profeta denuncia mais um desses atos, que levou o reino a buscar ajuda no lugar errado. Isaías apelou para que os judeus rompessem a dependência do Egito e voltassem a confiar em Deus (v. 1, 2). Era inútil confiar em uma nação pagã, que rejeitava a palavra do Senhor, como garantia de segurança no futuro (v. 5-7).

Não há meio-termo quando o assunto é dependência de Deus. Ou confiamos inteiramente Nele ou confiamos na oposição a Ele. Nesse último caso, as dificuldades não tardarão em se avolumar, colocando-nos na trilha para o fracasso e a destruição, a menos que nos arrependamos e voltemos para a fonte de nossa força. Daí a advertência divina transmitida pelo profeta: conversão e sossego, tranquilidade e confiança em Deus, como segredo da vitória.

Conversão é retorno incondicional, sem reservas, a Deus. Nessa experiência, recebemos a paz e a serenidade que nos permitem esperar Nele, dissipando todo resquício de hesitação. Por ser gerador de confiança e força, o descanso, ou quietude, resultante da conversão a Deus nos liberta dos temores. Isso não significa eliminação automática dos obstáculos nem que devamos nos manter em passividade indolente. Significa dissipação da ansiedade, substituída pela certeza de que, no devido tempo, o socorro nos virá do lugar certo. O Senhor agirá favoravelmente à nossa causa.

Essa confiança abrange todos os aspectos da vida, é o segredo da paz e do poder. Desconfiar de Deus é se afastar Dele, é desviar-se da fé que tem Nele seu fundamento e seu alvo, para direcioná-la a recursos humanos falíveis.

O correto exercício do livre-arbítrio é fundamental nesse processo. Caso o povo se arrependesse e voltasse para Deus, descansando em Sua providência, confiando em Sua bondade e obedecendo às Suas ordens, a nação seria poupada, Infelizmente, eles não estavam dispostos. Mas o Deus que não desiste estava disposto a estender Sua misericórdia: “O Senhor espera o momento de ser bondoso com vocês; Ele ainda Se levantará para mostrar-lhes compaixão” (v. 18, NVI).

Até quando nossa teimosia nos manterá travando o combate espiritual com nossas armas ou com armas oferecidas por outros senhores?

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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