Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. João 7:38

No auge da cerimônia da água, durante a Festa dos Tabernáculos, em Jerusalém, Jesus se apresentou como a fonte da água viva. Sua declaração tinha um grande sig­nificado. Na época, os judeus acreditavam que Jerusalém estava situada no “umbigo” da terra e que um rio correria da cidade nos tempos messiânicos. João até poderia estar usando o termo “interior” (ou “ventre”) como sinônimo de Jerusalém.

Numa nota editorial, o autor explica: “Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem” (Jo 7:39). A associação da água com o Espírito em várias passagens do Antigo Testamento era conhecida do público judeu, mas não a ligação dele com a glorificação de Jesus Cristo, um eufemismo para o complexo de eventos envolvendo sua paixão, morte e ascensão. João diz que “o Espírito ainda não tinha sido dado”. É óbvio que o Espírito já estava aqui e bem ativo, mas, em comparação com o fluxo a ser liberado por Cristo, é como se ele não existisse. A morte de Jesus trouxe uma nova dimensão, uma nova intensidade e uma nova experiência do Espírito, com possibilidades jamais vistas.

O Espírito está associado às coisas mais básicas da natureza, como vento, fogo e água, pois precisamos do essencial. E, quando ele vem como um rio, metáfora usada por Cristo, coisas maravilhas acontecem. O rio aprofunda o leito, um de seus primei­ros movimentos, antes mesmo de alargar as margens. O Espírito pode dar profundi­dade à sua vida. O rio mata a sede, fornecendo água para pessoas e animais. Ele pode saciá-lo. O rio renova e sustenta a vida, tornando tudo verde em volta dele e atraindo aves e animais. Ele pode revivê-lo. O rio é sinônimo de generosidade, oferecendo seus dons livremente a todos os que o buscam. Ele pode alimentá-lo. O rio simboliza progresso, o que é constatado pelas cidades que crescem às suas margens. Ele pode impulsioná-lo. O rio efetua limpeza, lavando as coisas e levando a sujeira. Ele pode purificá-lo. O rio cria beleza, deleitando os olhos com sua paisagem. Ele pode enfeitá-lo. O rio corre para o mar, buscando sempre seu objetivo. O Espírito de Deus pode levar você a seu destino.

Quando você bebe de Cristo, a satisfação é tão grande que um rio de água viva flui de dentro de você. Jesus não prometeu um córrego ou riacho, mas um rio caudaloso como o Amazonas, que, com uma vazão de mais de 300 milhões de metros cúbicos por segundo, despeja no Atlântico um volume de água equivalente à quinta parte da água jogada no mar por todos os rios do mundo e tem o poder de empur­rar o oceano a uma distância de 200 quilômetros da costa. Beba da fonte da vida eterna e se torne um rio a jorrar água espiritual!

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA