Fiel é esta palavra: Se já morremos com Ele, também viveremos com Ele. 2 Timóteo 2:11

Romeno de ascendência judaica, Richard Wurmbrand (1909-2001), depois de um período como agente comunista, aceitou Cristo como o Messias em 1938, tornando-se pastor. Dez anos depois, foi preso por causa de sua fé. Durante 14 anos, sobreviveu em uma das piores cadeias de seu país, longe da esposa, Sabina, e do filho, Mihai, de apenas nove anos. O relato que ele fez do tratamento desumano e torturante dispensado aos presos é simplesmente espantoso. Mesmo diante da morte, Richard ainda encontrava forças para manter a fé, pregar e levar detentos a Jesus. Certa ocasião, tentando animar outro cristão presidiário, disse: “Você pode pensar que agora não há razão para esperança. Todavia, o momento mais escuro da noite é o que se avizinha do nascer do sol. Os cristãos creem que a aurora há de raiar. A fé pode ser declarada em duas locuções: ‘ainda que o’ e ‘mesmo assim’, como disse Jó: ‘Ainda que o Senhor me mate, mesmo assim Nele esperarei.’ Elas nos ensinam a ter fé nos momentos mais tenebrosos” (Nos Subterrâneos de Deus, p. 90).

Em 1950, a esposa também foi encarcerada, torturada e submetida a trabalho forçado durante três anos. Finalmente em liberdade, o pastor Richard escreveu no prefácio de seu livro: “Os anos de prisão não me pareceram demasiado longos, porque descobri, sozinho em minha cela, que, além da fé e do amor, há em Deus um deleite: um profundo e extraordinário êxtase de felicidade, a que nada no mundo se pode comparar” (p. vii).

É certo que nem todos vivenciaremos experiência igual. O mundo nem sempre dá boas-vindas aos que são fiéis a Deus e à Sua verdade. Há um preço a pagar. Morrendo com Cristo (Rm 6:4), temos o privilégio de viver e andar com Ele, pisando as marcas deixadas por Ele ao longo das subidas íngremes e dos vales do caminho de provas e sofrimentos. Usando possivelmente as palavras de um cântico litúrgico dos cristãos de seu tempo, Paulo enfatizou para Timóteo as vantagens dessa experiência (2Tm 2:11-13). “Se perseveramos, também com Ele reinaremos” (v. 12). Não existe chance de falha na promessa feita por Deus.

“Seja paciente, soldado cristão. Ainda um pouco, e Aquele que há de vir virá. A noite fatigante está quase passada. Em breve será dada a recompensa; o dia eterno há de raiar. […] Não há tempo para se desperdiçar em inúteis lamentos” (Ellen White, Serviço Cristão, p. 275). Por isso, persevere até o fim.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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