Malcom Sayer (Robin Williams) é um neurologista, sem experiência clínica em lidar com pacientes, pois se dedicou à pesquisa durante toda a sua carreira, aceita um emprego em um hospital psiquiátrico em Nova York.

Lá, ele encontra diversos pacientes que estão em estado catatônico (apatia geral) em que a pessoa está consciente, mas em geral perde a fala e a função motora, dentre outros sintomas.

Sayer descobre que os pacientes sofrem de uma doença chamada encefalite letárgica, conhecida como “doença do sono”, que se tornou uma epidemia no final da Primeira Guerra Mundial. A doença não tinha cura, deixando os pacientes em estado letárgico pelo resto da vida.

Através de pesquisas, o neurologista acredita que um medicamento chamado Levadopa, usado em pacientes com Parkinson, possa “acordar” essas pessoas. Depois de lutar contra o ceticismo de outros médicos, que não achavam que seria possível reverter a situação daqueles pacientes, o diretor do hospital autoriza que Sayer inicie o tratamento experimental em apenas um paciente. Ele escolhe então Leonard Lowe (Robert De Niro), que estava “adormecido” há 30 anos.

O uso do medicamento nesses pacientes era um risco porque o resultado seria imprevisível. Não se sabia se ao longo de todo o período em que ficaram imóveis eles mantinham atividade cerebral, como noção de tempo e espaço. Era um mistério, por exemplo, saber se quando despertassem eles saberiam que passaram tanto tempo em estado catatônico, se saberiam em que ano estariam e se estariam preparados para o mundo.

Quase que milagrosamente, Leonard começa a se recuperar gradualmente, provando que o medicamento funcionava. Sayer começa então a administrar o Levadopa em todos os outros pacientes, que começam a “acordar”. O que o neurologista não esperava, no entanto, era que Leonard começasse a apresentar tiques nervosos e espasmos como efeitos colaterais da medicação.

Baseado no livro escrito pelo neurologista Oliver Sacks, em 1973, o filme traz reflexões sobre a vida, dando uma lição de que devemos aproveitar todo o tempo que temos. Além disso, o roteiro e as atuações são de tirar o chapéu. Na época, o longa foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator (para Robert De Niro) e Melhor Roteiro Adaptado.

Tempo de despertar (Awakenings, 1990, EUA) dirigido por Penny Marshall, com Robert De Niro, Robin Williams, Penelope Ann Miller, Julie Kavner, Max Von Sydow, Vin Diesel, John Heard, Alice Drummond.

Assisti, gostei e recomendo.

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