Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Mateus 22:11, 12

Ninguém discute o fato de que a utilização de roupas é parte do bom senso, da ética humana e dos valores sociais, sendo indispensável a todas as pessoas. Algumas se esmeram no fator atratividade, outras se limitam ao aspecto protetor ou à simplicidade. Essa diferença tem suscitado, às vezes, tratamento discriminador entre os dois grupos, ao ser atribuída condição superior de importância às pessoas que se vestem sofisticadamente em detrimento das outras.

Embora devamos condenar essa acepção (Tg 2:2-4), é verdade que ocasião, tempo, lugar, aspectos culturais, simbolismos religiosos, equilíbrio, bom gosto e recato são alguns fatores que definem a pertinência ou não de uma vestimenta. Há sempre uma razão de ser no uso de vestes. Elas podem servir como cartão de apresentação de uma empresa, quando uniformemente usadas por servidores, ou como fator de igualdade social nas escolas. Profissionais de saúde usam vestes brancas. No Antigo Testamento, as vestes sacerdotais eram carregadas de significado. Em nossos dias, clérigos costumam vestir roupas solenes e cores sóbrias.

Na Bíblia, cobrir-se com pano de saco era expressão de grande humilhação. O impacto da tristeza pela morte dos filhos levou o patriarca Jó a rasgar o manto (Jó 1:20). Jesus chamou atenção para a veste da pretensão dos mestres da lei (Lc 20:46). Despojado de Suas vestes, Ele mesmo recebeu um “manto vermelho” da zombaria (Mt 27:28). O filho pródigo, ao voltar para casa, foi agraciado com roupas de justiça e perdão (Lc 15:22). No clímax da história da redenção, os remidos estarão enfileirados, usando vestes brancas de pureza e santidade (Ap 7:9, 14).

Nosso verso bíblico, é parte da parábola na qual Jesus falou do convite para as bodas, o qual foi rejeitado pelos judeus. Diante disso, o chamado foi estendido a todos quantos fossem encontrados nas ruas. Contudo, sendo um banquete de casamento, o traje deveria ser a rigor. Uma investigação foi realizada, sendo descoberto alguém que não estava devidamente vestido para a ocasião. O resultado de trajar-se com vestes de sua escolha, compra ou confecção foi trágico para o intruso.

Há um banquete celestial à nossa espera. Vivemos no período em que o Rei faz a revista dos convidados encontrados no livro da vida. Nessa investigação, espera-se que ao serem encontrados eles tenham sido banhados no sangue do Cordeiro e estejam trajando as vestes da justiça de Cristo.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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