Não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma. – II Corintios 6:3

O fumo é um veneno lento, perigoso, por demais maligno. Seja qual for a forma de utilização, atua na constituição; é o mais perigoso, porque seu efeito é lento, e a princípio por assim dizer imperceptível. Excita e depois paralisa os nervos. Debilita e obscurece o cérebro. Muitas vezes, ele afeta os nervos de maneira mais forte que a bebida intoxicante. É mais sutil, e seus efeitos são difíceis de desarraigar do organismo. Seu uso estimula a sede de bebidas fortes, lançando em muitos casos a base para o hábito das bebidas alcoólicas.
O uso do fumo é inconveniente, caro, sujo, contaminador para o que o tem e incômodo para os outros. Encontram-se por toda parte os seus devotos. Dificilmente passais por uma multidão sem que algum fumante vos solte no rosto uma baforada de seu hálito envenenado. É desagradável e pouco higiênico ficar num vagão ou numa sala em que a atmosfera esteja impregnada dos vapores da bebida ou do fumo. Embora os homens persistam em usar esses venenos para si mesmos, que direito têm eles de contaminar o ar que os outros devem respirar?
Entre as crianças e os jovens, o uso do fumo está operando indizível dano. As práticas contrárias à saúde, das gerações passadas, afetam as crianças e a juventude de hoje. A incapacidade mental, a fraqueza física, os descontrolados nervos e os apetites contrários à natureza são transmitidos como legado de pais aos filhos. E as mesmas práticas, continuadas pelos filhos, vão crescendo e perpetuando os maus resultados. A isso se deve, em não pequena escala, a decadência física, mental e moral que se está tornando tão grande causa de alarme.
Os meninos começam a fumar em bem tenra idade. O hábito assim formado, quando o corpo e a mente se acham especialmente susceptíveis aos seus efeitos, diminui a resistência física, impede o desenvolvimento do corpo, entorpece a mente e corrompe a moral.
Apelo para aqueles que professam crer na Palavra de Deus e obedecer-lhe: Podeis vós, como cristãos, condescender com um hábito que vos está paralisando o intelecto, privando-vos da capacidade de estimar devidamente as realidades eternas? Podeis consentir em roubar diariamente a Deus do serviço que Lhe é devido, e roubar a vossos semelhantes, tanto do serviço que lhes poderíeis prestar como do poder do exemplo?
– EGW, CBV, p.327-330

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