Uma voz clama: “No deserto preparem o caminho para o SENHOR; façam no deserto um caminho reto para o nosso Deus”. Isaías 40:3

A topografia do lugar era acidentada e diversificada: vales, montanhas, loda­çais, pedreiras e, longe, a aridez do deserto. Durante séculos, o gado, os carros de bois, os cavalos e, finalmente, alguns jipes haviam cruzado aquelas terras e areias. Para chegar até a cidade mais próxima, era difícil. Mas um dia o governo decidiu que a região precisava de uma estrada. As máquinas e os homens chegaram em grande número. Vales foram aterrados, montanhas e rochas foram cortadas. Um ano depois, o asfalto estava no solo, com a tinta branca sinalizando os limites da ampla pista. A vida naquele remoto fim de mundo nunca mais foi a mesma. O pre­sidente compareceu à inauguração. Pessoas de outras cidades começaram a passar por ali, o dinheiro aumentou, a vila cresceu. O progresso mudou a paisagem do lugar.

Estradas são essenciais para o povo e os governantes. Nos tempos antigos, os reis orientais escolhiam seus melhores engenheiros para construir caminhos. Afinal, quando o monarca precisava ir a algum ponto distante do reino, precisava de uma estrada em boas condições. Os romanos, em especial, construíram muitas vias pavimentadas na Europa e no norte da África por onde seus exércitos passa­vam nas campanhas militares. No auge do império, 29 estradas principais, totali­zando 78 mil quilômetros, conectavam Roma a várias partes do mundo.

No 8º século a.C., o profeta Isaías, que tinha uma profunda percepção dos pla­nos de Deus, falou de um tempo em que um caminho reto e plano seria prepa­rado no deserto para o Senhor, isto é, o Messias. Na época, meses antes de uma comitiva real visitar algum lugar, um arauto anunciava: “Preparem o caminho para o rei.” Então o povo corria para construir ou arrumar a estrada. Todos os obs­táculos eram removidos. Sua recompensa era ver o rei em seu esplendor. No caso do Messias, João Batista foi o engenheiro-chefe na construção da estrada.

Hoje, uma nova super-rodovia precisa ser construída para a chegada do Rei Messias. Não é uma rodovia física, nem virtual, mas espiritual. Temos que ater­rar os pântanos do pecado, detonar as rochas da incredulidade, aplanar as monta­nhas das dificuldades, vencer a aridez do secularismo. Longe de ser uma estrada ligando o nada a lugar nenhum, ela tem o objetivo de conectar os povos a Deus.

Que os arautos, com urgência na voz, anunciem: “Preparem o caminho para o Rei.” A hora da visita real está se aproximando e a estrada não está pronta. Você é convidado a se transformar num construtor de estrada real. Prepare-se para receber o Rei.estrada-no-deserto

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