Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! Isaías 5:20

Uma visita que fiz com minha família à fazenda de Guilherme Miller ­deixou marcas especiais em mim. Quando visitamos o quarto e o escritório dele, bem como seu túmulo, algumas perguntas me vieram à mente. Por que Miller nunca fez parte do grupo que originou a Igreja Adventista do Sétimo Dia? Por que continuou marcando datas para a volta de Cristo? Por que viveu apenas poucos anos depois do desapontamento de 1844?

Ellen White oferece respostas profundas e uma visão mais ampla e esclarecedora sobre o assunto no livro Primeiros Escritos (p. 257, 258). Isso mostra que precisamos ter cuidado com conclusões rápidas, superficiais e precipitadas em qualquer situação. Sempre há uma história por trás da história, e precisamos conhecê-la bem. Diz a mensageira:

“Se tivesse sido possível a Guilherme Miller ver a luz da terceira mensagem, muita coisa que lhe parecia escura e misteriosa teria sido explicada. Mas seus irmãos professavam tão profundo amor e interesse que ele achou não dever romper com esses. Seu coração se inclinava para a verdade, e então ele olhava para seus irmãos, que se opunham a ela. Podia se afastar dos que com ele tinham permanecido lado a lado na proclamação da vinda de Jesus? Ele pensava que certamente não poderiam levá-lo ao extravio.

Moisés errou quando estava prestes a entrar na Terra Prometida. Assim também, vi que Guilherme Miller errou quando já estava perto de entrar na Canaã celestial, ao permitir que sua influência fosse contra a verdade. Outros o levaram a isso; outros darão conta por isso. Mas os anjos vigiam o precioso pó desse servo de Deus, e ele ressurgirá ao som da última trombeta.”

O assunto é mais amplo do que possa parecer. Miller falhou, mas isso foi resultado da influência de outros, e eles serão responsabilizados. Induzir pessoas ao erro nos faz culpados em seu lugar, e esse princípio continua válido. Sua morte igualmente não foi apenas resultado da idade ou enfermidade, mas de uma ação divina para protegê-lo. Ainda hoje, a morte pode parecer algo acidental ou natural, e procuramos entender seus porquês. Contudo, Deus tem uma visão mais ampla que só a eternidade irá revelar. O descanso de Seus filhos é uma demonstração de Seu amor.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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