Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação. 2 Coríntios 7:10

Como pode alguém ser considerado justo diante de Deus? Como pode o peca­dor ser justificado? Somente por meio de Cristo podemos ter harmonia com Deus e com a santidade; mas como chegar a Cristo? Muitos fazem a mesma per­gunta que outros fizeram no dia do Pentecostes, quando, convencidos do pecado, clamaram: “Que faremos?” (At 2:37). A primeira palavra da resposta dada por Pedro foi: “Arrependei-vos” (At 2:38). Em outra ocasião, logo depois, ele disse: “Arrependei-vos […] para serem cancelados os vossos pecados” (At 3:19).

O arrependimento inclui a tristeza pelo pecado e o afastamento dele. Não abandonaremos o pecado enquanto não reconhecermos o quanto ele é perigoso. Enquanto não nos afastarmos sinceramente do pecado não haverá mudança real em nossa vida.

Muitas pessoas não compreendem a verdadeira natureza do arrependimento. Lamentam seus pecados e até procuram fazer alguma mudança na sua forma de viver por medo de que seus erros lhes causem sofrimentos. Porém, isso não é arrependimento, no sentido bíblico. Essas pessoas querem evitar o sofrimento, mas não o próprio pecado.

Esse foi o tipo de tristeza de Esaú, quando viu que o direito de primogenitura estava perdido para sempre. Balaão, aterrorizado pelo anjo que bloqueava seu caminho com uma espada na mão, chegou a reconhecer sua culpa com medo de morrer; mas não teve um arrependimento genuíno, nem manifestou mudança de propósito ou vontade de abandonar o pecado. Judas Iscariotes, depois de haver traído seu Senhor, exclamou: “Pequei, traindo sangue inocente” (Mt 27:4).

A confissão brotou de uma mente culpada por um terrível senso de conde­nação e pelo temor do julgamento que o aguardava. As consequências o enchiam de pavor; mas não havia uma tristeza profunda, nem um coração quebrantado por haver traído o imaculado Filho de Deus e negado o Santo de Israel. Faraó, quando sofria sob os juízos de Deus, reconheceu seu pecado para livrar-se de maiores castigos; mas voltou a desafiar o Céu assim que as pragas foram suspen­sas. Todos esses lamentaram os resultados do pecado, mas não se entristeceram pelo próprio pecado (Caminho a Cristo, p. 23, 24).

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