…porque o fim virá no tempo determinado. Daniel 11:27

Em Daniel 11, vemos a derrota da Pérsia pelo reino da Grécia. Alianças e conflitos entre os reis do Sul e do Norte. A invasão e a tirania dos romanos, e o surgimento do papado. É uma continuação do capítulo 10 e termina no capítulo 12.

A Grecia derrota a Medo-Persia (v.1-5):
Mas eu (Gabriel), no 1o ano de Dario, o medo, me levantei para o fortalecer e animar (ao rei). Agora lhe revelarei a verdade: Outros 3 reis persas reinarão (Cambises, Esmérdis o falso e Dario I), e serão sucedidos por um quarto rei (Xerxes ou Assuero)), muito mais rico que os outros. Depois de conquistar o poder com sua riqueza, instigará todos contra a Grécia.
Surgirá um rei poderos (Alexandre, o Grande), que governará com grande autoridade. Com sua morte, o seu império se desfará e será repartido para os 4 ventos do céu (4 chifres do bode). Não será de seus descendentes, e não será poderoso como antes, pois será entregue a outros. O rei do sul (Egito – Ptolomeus) se tornará forte, mas um dos seus príncipes (Seleuco) se tornará ainda mais forte que ele e governará o seu próprio reino com grande poder.
Reis do Sul e do Norte (v. 6-12):
Depois de alguns anos, eles se tornarão aliados. A filha do rei do sul (Berenice) se casará com o rei do norte (Síria – selêucidas – Antíoco II Theos), mas ela e seu pai perderão a influência sobre ele. Ela será entregue à morte, com os que a apoiam.  Um de seus parentes se tornará o rei do sul e atacará as forças do rei do norte e será vitorioso. Tomará os seus deuses, e os utensílios valiosos de prata e de ouro, e os levará para o Egito. Por algum tempo deixará o rei do norte em paz.
O rei do norte invadirá as terras do rei do sul, mas não vencerá. Seus filhos reunirão um grande exército, que avançará como uma inun­dação irresistível e levará os combates até a fortaleza do rei do sul. O rei do sul (Egito) combaterá o rei do norte (Síria), e o vencerá. Se encherá de orgulho e matará milhares, mas o seu triunfo será breve.
Surge o império Romano (v.13-19):
Anos depois, o rei do norte (agora Roma) reunirá outro exército, maior que o primeiro e bem equipado, e voltará a atacá-lo. Naquela época muitos se rebelarão contra o rei do sul.  Então o rei do norte virá, construirá rampas de cerco e conquistará uma cidade fortificada. As forças do sul serão incapazes de resistir.
Ele avançará sem oposição, e se instalará na Terra Gloriosa (Palestina) e terá poder para destruí-la. Fará uma aliança com o rei do sul. Dará uma filha em casamento (Cleópatra para Julio César) a fim de derrubar o reino, mas o seu plano não terá sucesso. Então ele voltará a atenção para as regiões costeiras e se apossará de muitas delas, mas um comandante acabará com sua insolência e o fará envergonhado retirar-se para as fortalezas de sua própria terra, mas tropeçará e cairá (assassinato de Julio César), e não mais será visto.
Surge Roma Papal (v.20-45):
Seu sucessor enviará um cobrador de impostos para manter o esplendor real. Mas, em poucos anos ele será destruído. Será sucedido por um ser desprezí­vel, que não faz parte da linhagem real (Roma Papal). Ele se apoderará do reino por meio de intrigas. Grandes exércitos serão arrasados diante dele, incluindo um príncipe da aliança (Jesus crucificado). Com promessas enganosas, fará várias alianças. Apesar de ter poucos seguidores, chegará ao poder. Sem aviso, entrará nas regiões  mais ricas da terra e distribuirá  entre seus seguidores o despojo e os bens dos ricos, coisa que nem seus antepas­sados conseguiram. Fará planos para conquistar fortalezas, mas isso durará pouco tempo.
Juntará coragem e reunirá um grande exército contra o rei do sul, que não conseguirá resistir por causa dos golpes tramados contra ele. Mesmo os que estiverem sendo alimentados pelo rei tentarão destruí-lo; seu exército será arrasado, e muitos serão mortos. Os dois reis, com seu coração inclinado para o mal, sentarão à mesma mesa e mentirão um para o outro, mas sem resultado, pois o fim chegará no tempo determinado.
O rei do norte voltará para a sua terra com grande riqueza, mas o seu coração estará voltado contra a santa aliança. Ele empre­enderá ação contra ela e depois voltará para a sua terra. No tempo determinado ele invadirá de novo o sul, mas desta vez o resultado será diferente do anterior. Navios das regiões da costa ocidental se oporão a ele, e ele perderá o ânimo. Então despejará sua fúria contra a santa aliança e, tratará com bondade aqueles que abandonarem a santa aliança.
Suas forças armadas se levantarão para profanar a fortaleza e o templo, acabarão com o sacrifício diário e colocarão no templo o sacrilégio terrível. Com lisonjas corromperá aqueles que tiverem violado a aliança, mas o povo que conhece o seu Deus resistirá com firmeza. Aqueles que são sábios instruirão a muitos, mas, depois cairão à espa­da e serão queimados, capturados e saqueados. Quando caírem, receberão uma pequena ajuda, e muitos que não são sinceros se juntarão a eles. Alguns dos sábios tropeçarão para que sejam refinados, purificados e alvejados até a época do fim, pois isso só acontecerá no tempo determinado.
O rei fará o que bem entender, se exaltará, afirmará ser maior que todos os deuses e chegará a blasfemar contra o Deus dos deuses. Terá sucesso até que o tempo da ira se complete, pois o que foi decidi­do irá acontecer. Não respeitará os deuses de seus antepassados, dirá que é maior do que todos eles. Em lugar deles, adorará o deus da fortaleza,  um deus desconhecido de seus antepassados, e lhe honrará com ouro e prata, com pedras preciosas e presentes caros. Atacará as fortalezas mais poderosas com a ajuda de um deus estrangeiro e dará grande honra àqueles que o reconhece­rem. Ele os fará governantes sobre muitos e dividirá a terra, mas a um preço elevado.
No tempo do fim o rei do sul lutará contra o rei do norte, e este o atacará com carros e cavaleiros e uma grande frota de navios. Ele invadirá muitos países e avançará por eles como uma inundação. Tam­bém invadirá a Terra Magnífica. Muitos países cairão, mas Edom, Moabe e os líderes de Amom ficarão livres da sua mão. Ele estenderá o seu poder sobre muitos países; o Egito não escapará, e esse rei terá o controle dos tesouros de ouro e de prata e de todas as suas riquezas, e  os líbios e os núbios serão seus servos. Mas, informa­ções provenientes do leste e do norte o deixarão alarmado, e irado partirá para destruir e aniqui­lar muito povo. Armará suas tendas reais entre os mares, no belo e santo monte. Porém chegará o seu fim, e ninguém o socorrerá.

Este capitulo começa falando sobre o final do reinado Medo-Persa, o inicio do domínio da Grecia, o império Romano, o papado, e na sequência, alguns interpretam como o papado, e outros como a Revolução Francesa e a declaração do ateísmo. Não há um consenso quanto ao que poderia ser, mas com certeza envolve o início do cristianismo, a perseguição ao povo de Deus na época do papado, e aponta para o desfecho da história, quando Cristo irá implantar o Seu reino. A luta entre o bem e o mal sempre existiu, e existirá até Cristo voltar. Não podemos ficar omissos. Precisamos fazer a nossa escolha entre Cristo ou Satanás. Já sabemos o desfecho da história. Cristo será o grande vitorioso.

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