Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: “o Deus a quem servimos pode livrar-nos, e nos livrará das tuas mãos. Mas, se Ele não nos livrar, saiba que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer”. Daniel 3:16-18

Em Daniel 3, Nabucodonosor dedica uma imagem de ouro em Dura. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego são acusados de não adorar a imagem. Ao serem ameaçados, eles testemunham de Deus, que os liberta da fornalha. Nabucodonosor louva a Deus pelo milagre.

A estátua de ouro de Nabucodonosor (V.1-18):
O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro de 27 m. de altura e 2,70 m. de largura, e a colocou na planície de Dura, na província da Babilônia. Depois convocou os sátrapas (príncipes), prefeitos, governadores, conselheiros, tesoureiros, juízes, magistrados e todas as autoridades provinciais, para assistirem à dedicação da imagem que mandara erguer.  Assim todos as autoridades provinciais se reuniram para a dedicação da imagem que o rei Nabucodonosor mandara erguer, e ficaram em pé diante dela.
Então o arauto gritou: “Esta é a ordem que lhes é dada, ó homens de todas as nações, povos e línguas: Quando ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, prostrem-se em terra e ado­rem a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor ergueu. Quem não se prostrar e não adorá-la será imediatamente atirado numa forna­lha em chamas”. Por isso, logo que ouviram o som dos instrumentos musicais, todos prostraram-se em terra e adoraram a imagem de ouro.
Alguns dos astrólogos se aproximaram rei e denunciaram os judeus, dizendo: “Ó rei, vive para sempre! Tu emitiste um decreto, ordenando que todo aquele que ouvisse o som dos instrumentos musicais se prostrasse em terra e adorasse a imagem de ouro, e que os que assim não fizessem seriam atirados numa fornalha em chamas. Mas há alguns judeus que nomeaste para administrar a província da Babilônia, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que não te dão ouvidos, ó rei. Não prestam culto aos teus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandaste erguer”.
Furioso, Nabucodonosor mandou chama-los e lhes disse: “É verdade que vocês não prestam culto aos meus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandei erguer?  Eu lhes darei uma chance de se prostrarem e adorarem a estátua que fiz, ao ouvirem o som dos instrumentos musicais. Se não a adorarem, serão imediatamente atirados numa fornalha em chamas. E que deus poderá livrá-los das minhas mãos?”
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: “Ó rei, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer”.
A fornalha ardente (v.19-30):
Nabucodonosor ficou tão furioso com eles, que o seu semblante mudou. Deu ordens para que a forna­lha fosse aquecida 7 vezes mais que de costume e ordenou que alguns dos soldados mais fortes do seu exército os amarrassem e os atirassem na fornalha em chamas. E os três homens, vesti­dos com seus mantos, calções, turbantes e outras roupas, foram amarrados e atirados na fornalha com chamas intensas. A ordem do rei era urgente e a fornalha estava tão quente que as chamas mataram os soldados que os levaram, e estes caíram amarrados dentro da fornalha em chamas.
Então o rei levantou-se alarmado e perguntou aos seus conse­lheiros: “Não foram três os homens amarrados e atirados no fogo?” Eles responderam: “Sim, ó rei”. E o rei exclamou: “Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses”.
Então Nabucodonosor aproximou-se da entrada da fornalha em chamas e gritou: “Sadra­que, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam! Venham aqui!” E eles saíram do fogo. Os sátrapas,  prefeitos,  governadores e os conselheiros do rei se ajunta­ram em torno deles e comprovaram que o fogo não os tinha. Nem um só fio de cabelo tinha sido chamuscado, os seus man­tos não estavam queimados, e não havia cheiro de fogo neles.
Disse então Nabucodonosor: Louvado seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos! Eles confiaram nele, desafiaram a ordem do rei, preferindo abrir mão de sua vida a prestar culto e adorar a outro deus que não fosse o seu próprio Deus. Por isso eu decreto que todo homem de qualquer povo, nação e língua que disser alguma coisa contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despe­daçado e sua casa seja transformada em montes de entulho, pois nenhum outro deus é capaz de livrar alguém dessa maneira. Então o rei promoveu Sadraque, Mesa­que e Abede-Nego a cargos mais elevados na província da Babilônia.

A firmeza de caráter dos companheiros de Daniel, já havia sido demonstrada no capítulo 1, quando resolveram não se contaminar com as iguarias do rei. Agora, eles são testados novamente, ao serem intimados a adorar a imagem de ouro, que o rei mandou fazer, mas se mantiveram firmes no propósito de sempre adorar apenas a Deus, e o Senhor honrou esses jovens, livrando-os dentro de uma fornalha super aquecida. Nada deles foi queimado, a não ser as cordas que os prendiam. Essa confiança deles, de depositarem os seus problemas nas mãos de Deus, fizeram com que, além do rei reconhecer o poder de Deus, fossem promovidos. Pela lealdade em face da morte, os três demonstraram qualidades de caráter que tornaram evidente que podiam assumir cargos maiores e de confiança do rei.

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