Cada um dos querubins tinha quatro rostos: Um rosto era o de um querubim, o segundo, de um homem, o terceiro, de um leão, e o quar­to, de uma águia.    Ezequiel 10:14

Em Ezequiel 10, o profeta tem a visão das brasas acesas, que deviam ser espalhadas sobre a cidade. Também tem a visão dos querubins com suas asas e os quatro rostos, além das quatro rodas que já havia visto anteriormente.

A visão das brasas de fogo (v.1-8):
Olhei e vi algo semelhante a um trono de safira sobre a abóbada de cristal, que estava acima das cabeças dos querubins. O Senhor disse ao homem vestido de linho: “Vá entre as rodas, por baixo dos querubins. Encha as mãos com brasas ardentes apanhadas de entre os querubins (seres viventes do capítulo 1) e espalhe-as sobre a cidade”. Enquanto eu observava, ele foi.
Ora, os querubins estavam no lado sul do templo quando o homem entrou, e uma nuvem encheu o pátio interno. Então a glória do Senhor levantou-se de cima dos querubins e moveu-se para a entrada do templo. A nuvem encheu o templo, e o pátio foi tomado pelo resplendor da glória do Senhor. O som das asas dos querubins podia ser ouvido até no pátio externo, como a voz do Deus todo-poderoso, quando ele fala.
O Senhor ordenou ao homem vestido de linho: “Apanhe fogo do meio das rodas, do meio dos querubins”, e ele foi e colocou-se ao lado das rodas. No meio do fogo que estava entre os querubins um deles estendeu a mão, apanhou algumas brasas e as colocou nas mãos do homem vestido de linho, que as recebeu e saiu. (Debaixo das asas dos querubins podia-se ver o que se parecia com mãos humanas.)
A visão das quatro rodas (v.9-17):
Olhei e vi ao lado dos querubins quatro rodas, uma ao lado de cada um dos querubins; as rodas reluziam como berilo. Eram iguais, e cada uma parecia estar entrosada na outra. Os querubins podiam se deslocar em qualquer uma das quatro direções, sem se virar enquanto se moviam. Deslocavam-se para a frente, sem se virar. Seus corpos, inclusive as costas, as mãos e as asas, estavam repletos de olhos (vigilância e inteligência), como as quatro rodas.  Quanto às rodas, ouvi que as chamavam “rodas giratórias”. Cada um dos querubins tinha 4 rostos: Um rosto era o de um boi, o segundo, de um homem, o terceiro, de um leão, e o quar­to, de uma á­guia.
Então eles se elevaram. Eram os mesmos seres viventes que eu tinha visto junto ao rio Quebar. Quando se moviam, as rodas ao lado deles se moviam; quando estendiam as asas para erguer-se do chão, as rodas também iam com eles.  Quando se mantinham imóveis, elas também ficavam; e quan­do se levantavam, elas se levantavam com eles, porque o espírito dos seres viventes estava nas rodas.
A glória de Deus abandona o templo (v.18-22):
E a glória do Senhor afastou-se da entrada do templo e parou sobre os querubins.  Enquanto eu observava, os querubins estenderam as asas e se ergueram do chão, e as rodas foram com eles. Eles pararam à entrada da porta oriental do templo do Senhor (partida definitiva), e a glória do Deus de Israel estava sobre eles.
Esses seres viventes eram os mesmos que eu tinha visto debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar, e percebi que eles eram querubins, pois ca­da um tinha quatro rostos e quatro asas, e debaixo de suas asas havia o que parecia mãos humanas. Seus rostos tinham a mesma aparência daqueles que eu tinha visto junto ao rio Quebar. Todos iam sempre para a frente.

Ezequiel vê novamente os quatro querubins e o trono de Deus acima deles. Um homem, o capitão dos seis ministros do juízo (Ezequiel 9:2), recebe a ordem de encher as mãos com brasas acesas e espalhá-las sobre a cidade. O ato simboliza a iminente destruição da cidade. Os olhos ao redor do corpo e das rodas dos querubins mostram que nada escapa aos olhos de Deus (Hebreus 4:13). O fato de os querubins se colocarem ao lado direito da casa, e se deslocam para a porta oriental prepara a partida definitiva. Deus abandona o templo construído pelo Seu povo, para ser destruído pelos inimigos.

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