Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Gênesis 5:1
Em Gênesis 5, temos uma árvore genealógica. Analisando com cuidado podemos descobrir coisas interessantes. Um período de cerca de 1.500 anos é coberto nessa lista de gerações. Aparecem os nomes dos principais patriarcas, idade por ocasião do nascimento do filho primogênito e idade total. Somente dois, Enoque, primeiro pecador a ser transladado para o céu, e Noé, o único chefe de família a sobreviver ao dilúvio, superam os outros em excelência e piedade.
Deus criou o primeiro casal, abençoou-os e colocou nome neles. Adam era equivalente a “humanidade”. Ele viveu 130 anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete. Ele não foi o primogênito de Adão, mas através dele, a linhagem piedosa se perpetuaria. Adão viveu mais 800 anos, e gerou filhos e filhas. Aqui temos uma explicação para o casamento de Caim. Naquela época o casamento entre irmãos era a única forma de se constituir família. Viveu ao todo 930 anos, e morreu (v.1-5).
A longevidade da raça antediluviana pode ser atribuída às seguintes causas:
- vitalidade original com a qual a humanidade foi dotada na criação;
- piedade e inteligência superiores;
- efeito residual do fruto da árvore da vida;
- qualidade superior dos alimentos disponíveis;
- graça divina em postergar a execução da penalidade do pecado.
Adão viu oito gerações sucessivas alcançarem a maturidade. Muitos ouviram de seus próprios lábios a história da criação, do Éden, da queda e do plano da redenção, tal como este lhe havia sido revelado:
- Sete aos 105 anos gerou a Enos, viveu mais 807 anos, gerou filhos e filhas, e morreu com 912 anos;
- Enos aos 90 anos gerou a Cainã, viveu mais 815 anos, gerou filhos e filhas, e morreu com 905 anos;
- Cainã aos 70 anos gerou a Maalaleel, viveu 840 anos, gerou filhos e filhas e morreu aos 910 anos;
- Maalaleel aos 65 anos gerou a Jerede, viveu mais 830 anos, e gerou filhos e filhas. Morreu com 895 anos;
- Jerede aos 162 anos gerou a Enoque, viveu mais 800 anos, gerou filhos e filhas, e morreu com 962 anos;
- Enoque aos 65 anos gerou a Matusalém. Depois do nascimento de Matusalém, Enoque viveu em comunhão com Deus por 300 anos. Gerou filhos e filhas. Era íntimo com Deus. Viveu 365 anos advertindo fervorosa e solenemente os pecadores ao redor, sobre o destino dos ímpios (Judas 14, 15). Deus o tomou para si. Foi transladado “para não ver a morte” (Hebreus 11:5). Sua vida exemplar, ainda testifica da possibilidade de viver num mundo ímpio sem pertencer a ele.
- Matusalém aos 187 anos gerou Lameque, viveu mais 782 anos, gerou filhos e filhas e morreu com 969 anos, no ano do dilúvio. Em contraste com seu pai que viveu na Terra apenas 365 anos, Matusalém foi o mais longevo.
- Lameque aos 182 anos gerou Noé, dizendo: “Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou”. Lameque, sentiu o fardo do cultivo do solo e, em fé, ansiava pelo tempo em que a miséria e a corrupção cessariam e o mundo seria redimido da maldição. Viveu mais 595 anos, e gerou filhos e filhas e morreu com 777 anos, 5 anos antes do dilúvio, mas viu seu filho pregando sobre o arrependimento e entrega à Deus.
- Noé aos 500 anos gerou a Sem, Cão e Jafé. Cão era o filho mais novo (Gên. 9:24). Sem tinha 100 anos de idade dois anos após o dilúvio, quando Noé estava com 602 anos (Gen.11:10). Portanto Jafé era o mais velho. Sem é mencionado primeiro por causa de sua importância como o progenitor da linhagem patriarcal pós-diluviana, da qual viria o escolhido povo de Deus, bem como o descendente prometido (v.6-32).