Então, se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga a terra. Salmo 58:11
Há uma pergunta que tem perturbado a humanidade. “ por que te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” Hab. 1:13 Parece que o profeta Habacuque sintetizou em poucas palavras o clamor de muita gente diante das aparentes injustiças desta vida.
Se você for honesto, é provável que seu futuro seja, pobreza, limitações e até prisão. Mas você observa a sua volta, pessoas sem escrúpulos que crescem, progridem e conseguem o que desejam. A cultura de injustiça que vive este mundo, às vezes, leva as pessoas a questionar se vale a pena ser honesto, pontual, puro, verdadeiro, abnegado.
O tema central do salmo cinqüenta e oito é o abuso do poder judicial. Alguns estudiosos acham que este salmo foi escrito por Davi quando deixou de ser rei, misturou-se ao povo e percebeu a administração errada da justiça em Israel. Isto revoltou seu espírito. Pessoas que tinham sido colocadas em lugares estratégicos, para fazer justiça ao povo, estavam promovendo a opressão, vendendo consciências e deixando que a corrupção se apoderasse da corte. Era insuportável.
Não existe frustração maior que apelar a um juiz por justiça e diante de todas as provas em favor de sua inocência, ser declarado culpado, ou ver que um homem público se apodera de uma grande fortuna, e aproveita a sua posição para ser declarado inocente.
Davi começa o salmo de hoje perguntando: “Falais verdadeiramente justiça, ó juízes? Julgais com retidão os filhos dos homens?”
Todo o salmo está cheio de indignação, mas no verso de hoje o salmista expressa a certeza de que finalmente Deus obrará dando a recompensa ao justo.
Esta não é uma justiça que acontecerá na vida eterna ou quando Jesus voltar. É uma promessa para esta terra; Deus é um Deus justo e vigilante. Não existe nada oculto aos seus olhos. Quando Ele não intervém é simplesmente porque está aguardando o momento mais oportuno para recompensá-lo.
Guarde esta promessa em seu coração. Não permita que a decepção se apodere de você nem que o veneno da revolta destrua a sua alma. Mais breve do que imagina “se dirá: na verdade há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito que julga a terra.”
Alejandro Bullón, Janelas para a vida, MM 2007, MM 2021, CPB