Tenho saudade dos tempos que passaram, dos dias em que Deus cuidava de mim. Jó 29:2
Em Jó 29, Jó fala sobre o contraste entre o que ele foi e o que ele é, entre sua condição na época da prosperidade e aquela à qual foi reduzido por suas aflições. Poucas pessoas já sofreram maior revés de circunstâncias ou tiveram mais razões para entesourar lembrança do passado, como Jó:
- Deus o guardava;
- Sua lâmpada resplandecia sobre ele, e era guiado por Sua luz;
- a amizade de Deus estava presente em seu lar;
- Deus estava com ele, e os seus filhos ao seu redor;
- lembra do tempo de prosperidade, quando o leite, a manteiga e o azeite eram fartos;
- era respeitado por seus semelhantes, que lhe cediam lugar para sentar na porta da cidade, na praça;
- os jovens, os idosos, os príncipes, os nobres ficavam atentos as suas palavras;
- os ouvidos e olhos de todos se fixavam em Jó;
- livrava os pobre e os órfãos;
- socorria as viúvas e os oprimidos;
- servia de olhos para os cegos e pés para os coxos;
- era pai dos necessitados;
- livrava as vítimas dos ímpios;
- sentia que se multiplicariam os seus dias;
- em sua prosperidade se enxergava como uma árvore cujas raízes se alimentavam diretamente na fonte de água;
- suas forças se renovavam a cada dia;
- Jó agia como um juiz para o povo, que atendia aos seus conselhos;
- Ele consolava os que choravam (v.1-25).
Jó sempre teve um ombro amigo para com aqueles que estavam sofrendo, e agora, quando ele estava passando por sérios problemas, é acusado injustamente por seus amigos, de grande culpa e hipocrisia. Essa descrição dos tempos bons e da antiga felicidade de Jó tendia a enfatizar, por contraste, a enormidade de sua miséria atual, ainda confiando em Deus, apesar de achar que Ele era o causador de seu sofrimento.