O uso do fumo é inconveniente, caro, sujo, contaminador para o que o tem e incômodo para os outros. Encontram-se por toda parte os seus devotos. Dificilmente passais por uma multidão sem que algum fumante vos solte no rosto uma baforada de seu hálito envenenado. É desagradável e pouco higiênico ficar num vagão ou numa sala em que a atmosfera esteja impregnada dos vapores do fumo. Embora os homens persistam em usar esse venenos para si mesmo, que direito têm eles de contaminar o ar que os outros devem respirar?
Entre as crianças e os jovens, o uso do fumo está operando indizível dano. As práticas contrárias à saúde, das gerações passadas, afetam as crianças e a juventude de hoje. A incapacidade mental, a fraqueza física, os descontrolados nervos e os apetites contrários à natureza são transmitidos como legado de pais aos filhos. E as mesmas práticas, continuadas pelos filhos, vão crescendo e perpetuando os maus resultados. A isso se deve, em não pequena escala, a decadência física, mental e moral que se está tornando tão grande causa de alarme. 
Os meninos começam a fumar em bem tenra idade. O hábito assim formado, quando o corpo e a mente se acham especialmente susceptíveis aos seus efeitos, diminui a resistência física, impede o desenvolvimento do corpo, entorpece a mente e corrompe a moral.
Mas que se pode fazer para ensinar às crianças e aos jovens os males de um costume de que os pais e os mestres lhes dão o exemplo? Meninos que mal saíram da primeira infância são vistos fumando. Se alguém lhes fala alguma coisa a esse respeito, respondem: “Meu pai fuma.” Apontam ao professor e dizem: “Um homem como ele fuma; que mal faz que eu fume também?” Muitos obreiros da causa da temperança são apegados ao uso do fumo. Que autoridade são essas pessoas capazes de ter para impedir o progresso da intemperança? 
Apelo para aqueles que professam crer na Palavra de Deus e obedecer-lhe: Podeis vós, como cristãos, condescender com um hábito que vos está paralisando o intelecto, privando-vos da capacidade de estimar devidamente as realidades eternas? Podeis consentir em roubar diariamente a Deus do serviço que Lhe é devido, e roubar a vossos semelhantes, tanto do serviço que lhes poderíeis prestar como do poder do exemplo?
Quanto do dinheiro do Senhor empregais vós em fumo? Somai o que tendes assim gasto durante toda a vossa vida. Qual é o termo de comparação entre o que consumistes com essa contaminadora concupiscência e aquilo que tendes dado para alívio dos pobres?
Nenhuma criatura humana necessita de fumo, mas há multidões perecendo por falta dos meios que, empregados como são, fazem mais mal do que se fossem desperdiçados. Não tendes estado a empregar mal os bens do Senhor? Não tendes sido culpados de roubo para com Deus e vossos semelhantes? Não sabeis que “não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. 1 Coríntios 6:19-20. 
EGWhite, Ciência do Bom VIver, p. 328-330

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA