“Eu sou o Alfa e o Ômega” diz o Senhor Deus, “o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso”. Apocalipse 1:8

Um grupo de pastores e eu estávamos indo para o Chile, a fim de participar de um simpósio. Na hora do embarque, em Guarulhos, percebemos que um colega estava ausente. À noite, no hotel, ele me contou que havia esquecido o passaporte. Depois de uma “operação de guerra”, em que alguém pegou o carro dele e acele­rou rumo ao aeroporto, ele conseguiu outro voo, na parte da tarde. Quase perdeu a viagem por causa de um documento.

Contendo pelo menos o nome da pessoa, sua fotografia, a data de nascimento e o país de origem, os documentos de identificação se tornaram obrigatórios nos países civilizados. Acredita-se que o primeiro documento de identidade, uma espé­cie de passaporte, foi criado pelo rei Henrique V, da Inglaterra. Porém, foi a partir da I Guerra Mundial que os documentos pessoais se popularizaram. Hoje, cartões eletrônicos de identidade estão disponíveis em alguns territórios. Novas tecnolo­gias permitem armazenar informações biornétricas precisas, incluindo caracterís­ticas como o padrão da face, a geometria da mão, a íris, a retina e o odor.

Em Apocalipse 1 :8, Deus apresenta sua identidade, assim como fizera em outras ocasiões. Contudo, ele não precisa tirar um documento do bolso ou mostrar a foto. Basta dizer: “Eu sou”. Ele é autoexistente. É o Alfa e o Ômega, o A e o Z, o primeiro e o último, o que era, o que é e o que sempre será, o todo-poderoso.

Considerando que os hebreus, os gregos e os romanos usavam letras do alfa­beto para representar números, ficava bem claro para os leitores do Apocalipse que João queria mostrar que Deus é o início e o fim de todas as coisas. Ele dirige o destino do mundo. É o Criador soberano. Além disso, como as letras do alfabeto eram e são usadas para expressar idéias e transmitir conceitos, o autor destaca que Deus é onisciente e tem um conhecimento perfeito. Tudo que é compreendido entre o alfa e o Ômega está dentro de sua onisciência.

Já o termo “todo-poderoso” (pantokrator) mostra que Deus é onipotente, o gover­nante sobre tudo. Usado pela Septuaginta para traduzir o título hebraico El Shaddai, empregado 48 vezes no Antigo Testamento, ele aparece dez vezes no Novo Testamento, todas no Apocalipse, exceto uma. Essa palavra universal mostra a grandeza de Deus.

Se você estiver com Deus, seu passaporte está garantido. E, se alguém duvi­dar da identidade dele, o Todo-poderoso poderá mostrar na prática quem ele é. Isso não significa uma “carteirada” cósmica, mas a revelação de suas característi­cas pessoais. A identidade de Deus é o próprio Deus.identidade-de-deus

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