O Senhor diz: “Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens.” – Isaías 29:13

Em Isaías 29, o profeta fala sobre o severo juízo divino sobre Jerusalém, a insaciabilidade dos inimigos, a loucura e a grande hipocrisia dos judeus, e também sobre as promessas de santificação para os piedosos.

Mensagem a respeito de Jerusalém (v.1-9):

Que aflição espera Ariel (altar de sacrifício), a cidade de Davi! Ano após ano celebram suas festas. Mas eu sitiarei a Lareira de Deus, que vai chorar e lamentar-se, e vai ser para mim como um altar coberto de sangue. Serei seu inimigo.  Acamparei ao seu redor; eu a cercarei de torres e instalarei contra você minhas obras de cerco. Lançada ao chão, de lá você falará; do pó virão em murmúrio as suas palavras. Fantasmagórica, subirá sua voz da terra; um sussurro vindo do pó será sua voz.

De repente, porém, seus inimigos cruéis serão esmagados como o mais fino pó. Seus muitos agressores serão expulso como palha ao vento. Num instante, eu, o Senhor dos Exércitos, entrarei em ação com trovões e terremoto e estrondoso ruído, com tempestade e furacão e chamas de um fogo devorador.  Então as hordas de todas as nações que lutam contra Ariel, que investem contra ele e contra a sua fortaleza e a sitiam, serão como acontece num sonho, numa visão noturna,  como quando um homem faminto sonha que está comendo, mas acorda e sua fome continua; como quando um homem sedento sonha que está bebendo, mas acorda enfraquecido, sem ter saciado a sede. Assim será com as hordas de todas as nações que lutam contra o monte Sião.

A cegueira espiritual e a hipocrisia do povo (v.9-16):

Pasmem e fiquem atônitos! Ceguem-se a si mesmos e continuem cegos se quiserem! Estão bêbados, não porém de vinho, cambaleiam, mas não pela bebida fermentada. O Senhor trouxe sobre vocês um sono profundo: fechou os olhos de vocês, profetas; cobriu as cabeças de vocês, videntes.

Para vocês toda esta visão não passa de palavras seladas num livro. E se vocês derem o livro a alguém que saiba ler e lhe disserem: “Leia, por favor”, ele responderá: “Não posso; está lacrado”. Ou, se derem o livro a alguém que não saiba ler, ele responderá: “Não sei ler”.

O Senhor diz: “Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens. Por isso uma vez mais deixarei atônito esse povo com maravilha e mais maravilha; a sabedoria dos sábios perecerá, a inteligência dos inteligentes se desvanecerá”. Ai daqueles que descem às profundezas para esconder seus planos do Senhor, que agem nas trevas e pensam: “Quem é que nos vê? Quem ficará sabendo? ”  Como são tolos! Ele é o oleiro e certamente é maior que vocês, o barro. Pode o objeto criado dizer sobre aqueles que o criou: “Ele não me fez”? E o vaso poderá dizer do oleiro: “Ele nada sabe o que faz”?

A redenção de Israel (v.17-24):

Acaso o Líbano não será logo transformado em campo fértil, e não se pensará que o campo fértil é uma floresta? Naquele dia os surdos ouvirão as palavras lidas de um livro, e os olhos dos cegos tornarão a ver. Mais uma vez os humildes se alegrarão no Senhor, e os necessitados exultarão no Santo de Israel. Será o fim do cruel, o zombador desaparecerá e todos os de olhos inclinados para o mal serão eliminados, os quais com uma palavra tornam réu o inocente, no tribunal trapaceiam contra o defensor e com testemunho falso impedem que se faça justiça ao inocente.

Por isso o Senhor, que redimiu Abraão, diz à descendência de Jacó: “Meu povo não será mais humilhado; e o seu rosto não tornará a empalidecer. Quando virem seus filhos, a obra de minhas mãos, proclamarão o meu santo nome; reconhecerão a santidade do Santo de Jacó, e no temor do Deus de Israel permanecerão. Os desorientados de espírito obterão entendimento; e os queixosos vão aceitar instrução”.

Antes da invasão assíria, Deus deu claras advertências dos terrores que sobreviriam. Os judeus foram repreendidos pela hipocrisia, teimosia e pelo fracasso em não entender a importância dos eventos anunciados. Continuavam com seus afazeres sem se preocupar com o futuro, como se um ano fosse seguir ao outro sem mudança na rotina de vida prazerosa. Professavam religiosidade, mas no coração sequer conheciam a Deus. Assim também era nos dias de Cristo; hipócritas. A adoração consistia de um ritual desprovido de verdadeira comunhão com o Céu. Imaginavam que o desempenho exterior cumpria os requerimentos divinos e que mereciam o favor divino. Será que hoje não estamos iguais ao povo de Israel, e do tempo de Cristo? Permita que Deus seja Deus em tua vida.

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