Estamos todos impuros por causa de nosso pecado; quando mostramos nossos atos de justiça, não passam de trapos imundos. Isaías 64:6

Em Isaías 64, o profeta dá sequência a súplica por misericórdia e perdão, começada em Isaías 63:15. Ora pela manifestação do poder de Deus. Ao celebrar a misericórdia divina, confessa a corrupção natural e se queixa da aflição. Lembrando que o santuário está desolado, e o povo, em terra estranha.

Confissão dos pecados (v.1-7):
Ah, se rompesses os céus e descesses! Os montes tremeriam diante de ti! Como quando o fogo acende os gravetos e faz a água ferver, desce, para que os teus inimigos conheçam o teu nome e as nações tremam diante de ti! Pois, quando fizeste coisas tremendas, coisas que não esperávamos, desceste, e os montes tremeram diante de ti. Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam (Paulo usa parcialmente este texto em I Corintios 2:9).
Vens ajudar aqueles que praticam a justiça com alegria, que se lembram de ti e dos teus caminhos (lembram-se de Deus e agem de acordo com a Sua vontade). Mas, prosseguindo nós em nossos pecados, tu te iraste. Como, então, seremos salvos? Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo (absorvente feminino). Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe. Não há ninguém que clame pelo teu nome, que se anime a apegar-se a ti, pois escondeste de nós o teu rosto e nos deixaste perecer por causa das nossas iniquidades.
Apelo pela misericórdia de Deus (v.8-12):
Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro (penitência e entrega). Todos nós somos obra das tuas mãos. Não te ires demais, ó Senhor! Não te lembres constantemente das nossas maldades. Olha para nós! Somos o teu povo! (o profeta clama pela misericórdia de Deus)
As tuas cidades sagradas transformaram-se em deserto. Até Sião virou um deserto, e Jerusalém, uma desolação! O nosso templo santo e glorioso, onde os nossos antepassados te louvavam, foi destruído pelo fogo, e tudo o que nos era precioso está em ruínas. Depois disso tudo, Senhor, ainda Te recusarás a nos ajudar? Ficarás calado e continuarás a nos castigar?

O profeta Isaías clama a Deus, apelando para que Ele veja a situação do Seu templo, e o Seu povo: Não Te preocupas com Teu templo e com Teu povo? Nenhuma dessas coisas O comove? Nossos (e Teus) inimigos prevalecerão? A justiça perecerá e a iniquidade triunfará? As forças do mal serão vitoriosas sobre a causa de Deus? Muitas vezes, devido ao nosso afastamento dos caminhos do Senhor, precisamos arcar com as consequências de escolhas errada. Por mais que Deus queira intervir, precisamos passar pelas provas, para que o nosso caráter seja purificado.

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