Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei. João 13:34

Uma das marcas históricas da Igreja Adventista do Sétimo Dia é sua defesa da liberdade, tanto religiosa quanto de expressão. Desde nossa origem, temos levantado essa bandeira não apenas para defender nosso direito de crer, pregar e adorar, mas também para compartilhar os princípios de liberdade e respeito com todos.

Em uma sociedade civilizada e com princípios religiosos, liberdade e respeito deveriam ser valores naturais, mas nem sempre tem sido assim. Basta observar que, enquanto 90% dos habitantes do mundo professam alguma religião, o que deveria promover um ambiente de paz, amor e tolerância, 70% da população vive em regiões com algum tipo de restrição à liberdade religiosa e 32%
têm restrição alta ou muito alta. Como em nossa região a maioria dos países tem
baixa restrição, acabamos nos acomodando com o tema. Contudo, dia a dia, o cenário está se modificando. Devemos ser gratos a Deus pela liberdade oficial, mas também temos de nos preparar para encarar os desafios que começam a surgir.

Por outro lado, esses princípios são uma via de mão dupla. Assim como devemos defender a liberdade e usá-la sempre com respeito a qualquer crença ou pessoa, também precisamos receber o mesmo direito. Não podemos aceitar nenhuma imposição que tente calar a expressão de nossa fé.

Sobre esse tema, nosso dever é claro: precisamos “lavrar o mais eficaz protesto contra medidas tendentes a restringir a liberdade de consciência” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 452). Nossas ações devem ser sempre em defesa de ideias, evitando confrontação desnecessária. Afinal, não cremos na imposição de nossos valores sobre aqueles que não professam nossa fé. Se, para dar liberdade religiosa a alguns, outros tiverem de perdê-la, estaremos voltando à Idade Média, quando a religião foi usada como meio de opressão.

Defendendo, vivendo e compartilhando a liberdade e o respeito, estaremos simplesmente encarnando os ensinamentos de Jesus: “Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei” (Jo 13:34).

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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