Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Números 25:1

Os israelitas jornadeavam pelo deserto havia quase 40 anos quando acamparam no vale de Sitim, à margem oriental do rio Jordão. Eles tinham vencido uma importante batalha em Basã e estavam confiantes na conquista de Canaã.

O acampamento foi montado em uma planície de clima tropical, onde havia um bosque de acácias. Mas era também o lugar onde os moabitas realizavam seu culto público a Baal, com rituais muito depravados.

Ellen White explica: “A princípio, pouca comunicação houve entre os israelitas e seus vizinhos gentios; mas, depois de algum tempo, mulheres midianitas começaram a entrar furtivamente no acampamento. Sua aparência não provocara alarme […]. Era o objetivo dessas mulheres, em sua associação com os hebreus, seduzi-los a transgredir a lei de Deus, atrair sua atenção para os ritos e costumes pagãos e levá-los à idolatria” (Patriarcas e Profetas, p. 454).

Por sugestão de Balaão, o rei de Moabe fez uma grande festa a seus deuses, e um grupo de israelitas foi induzido a assisti-la. “Aventuraram-se a ir ao terreno proibido e foram enredados na cilada de Satanás. Iludidos pela música e dança, e seduzidos pela beleza das vestais gentílicas, romperam sua fidelidade para com Jeová” (ibid.). O domínio próprio foi enfraquecido, e as paixões começaram a dominar as decisões.

Não demorou muito, e essa influência se espalhou. O que havia começado com música, dança e festas acabou em idolatria e rituais pagãos, praticados no acampamento de Israel. Aqueles que estavam preparados para enfrentar grandes inimigos e vencer qualquer barreira foram seduzidos e destruídos por coisas ilusórias. Como resultado, 24 mil pessoas morreram. Estavam tão perto da Terra Prometida e acabaram tão longe.

Muitos séculos depois, Paulo resgatou a mesma história como um alerta: “Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos. Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (1Co 10:11, 12, NVI).

Estamos muito perto da eternidade, mas corremos o risco de estar preparados para as grandes batalhas e cair nas pequenas tentações que seduzem o coração. Não faça concessões. Elas podem acabar deixando você de fora da Terra Prometida.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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