Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus, o Santo Lugar onde habita o Altíssimo. Salmo 46:4
As maiores cidades do mundo foram construídas às margens de grandes rios. Cairo tem o rio Nilo; Bagdá, o Tigre; Roma, Tibre; Londres, Tâmisa; Paris, Sena; Viena, Danúbio; Ho Chi Minh, Saigon; Nova York, Hudson; São Paulo, Tietê; Buenos Aires, o rio de La Plata; Hong Kong, rio das Pérolas; Shangai, Yangtzé ou Rio Azul.
Alguns rios banham muitas cidades. O Reno, que corta a Europa de sul a norte, refresca Basiléia, Colônia, Düsseldorf e Roterdã, entre muitas outras cidades. O rio São Francisco, um dos mais importantes do Nordeste do Brasil, passa por 420 cidades.
Há motivos para as cidades terem seu destino ligado às águas fluviais. No passado, quando essas cidades surgiram, os rios eram vitais para a agricultura, o transporte, o comércio e como sistema defesa. Durante períodos de guerra, se a cidade fosse cercada, ainda seria possível resistir por algum tempo. A água era essencial para abastecer a população e irrigar à plantação, a fim de prover alimentos.
Porém, há uma cidade que foge à regra. De todas as cidades importantes, Jerusalém é a única que não tem um grande rio. Tudo o que ela possui é apenas um riacho, o Cedrom. Uma metrópole pode ter tudo, mas como sobreviver sem água? Uma cidade sem água é um amontoado de casas e prédios sem potencial para a vida. E os jardins, as palmeiras, as flores, os pássaros, as piscinas, os barcos, os banhos, o lazer e o abastecimento? Sem água, não há beleza, nem vida, nem alegria.
No entanto, Jerusalém tem uma vantagem que sequer o Eufrates, o Tigre e o rio Nilo juntos poderiam compensar. Uma fonte de bênçãos flui dentro de seus muros. O texto de hoje diz que existe “um rio cujos canais alegram a cidade de Deus”. Isso é paradoxal: a água de um rio alegra uma cidade sem rio! Como? O próprio Deus é o rio que abastece a cidade. Note que, na sequência, o salmista diz: “Deus nela está! Não será abalada!” (v. 5). Tudo ao redor pode ser agitado, mas nada tira a tranquilidade da cidade. Deus é a fonte da alegria, o segredo da força, o manancial de bênçãos.
Do Gênesis ao Apocalipse, o simbolismo do rio está presente no jardim ou na cidade de Deus, alegrando a existência dos habitantes desses ambientes sagrados. O rio da água da vida, claro como cristal, flui do trono de Deus (Ap 22:1) e corre no meio da avenida principal da cidade. Beber de suas águas é viver por toda a eternidade.
Silenciosa e continuamente, essa fonte comunica bênção, graça e alegria a todos os que habitam na cidade de Deus, Suas águas fertilizam o ambiente, criam esplendor, nutrem a alma, alegram o espírito. Você é convidado a morar nessa cidade eterna e beber do rio vivificador.