Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes, será aberta. Mateus 7:7

A mensagem havia sido inspiradora. Mas aí veio a oração e as coisas se com­plicaram. A pessoa embaralhou o raciocínio e atropelou a gramática. Bem-intencionado, o líder da igreja anunciou um curso sobre como orar de maneira correta. Nessa história fictícia, você se inscreveria no curso? A ideia não tem nada de errado. Afinal, Jesus ensinou os discípulos a orar. No entanto, embora aprecie­mos as orações bonitas e bem estruturadas, precisamos saber que o foco da ora­ção não é a linguagem em si. Quando você ora, Deus está mais interessado em você do que no seu falar bonito.

Oração é uma relação de amor, uma expressão de dependência, um pedido de socorro. Por isso, não pode ser marcada pela preocupação com a linguagem. Em Apocalipse 3:20, Jesus diz que deseja entrar em nossa vida e, com o perdão pela paráfrase, comer uma pizza conosco. Numa refeição em família ou entre amigos, nós conversamos informalmente. Ninguém está preocupado com a conversa, mas com as pessoas. Se o foco for a linguagem, algo está errado.

Jesus nos ensinou a nos aproximarmos de Deus como uma criança se aproxima do pai: “Pai nosso, que estás nos céus!” (Mt 6:9). Em Mateus 7:7-11, após dizer que devemos pedir as coisas ousadamente a Deus, Jesus explica que é assim que ocorre entre os filhos e seus pais. Se um pai terrestre não nega comida ao filho, quanto mais o Pai celestial! Uma criança tem toda a liberdade de pedir as coisas ao pai. Cheia de confiança, ela pede tudo, repetidamente, insistentemente, impensadamente. A mesma liberdade deve marcar nossa relação com Deus.

Muitos têm a tendência de formalizar e automatizar as orações. Alguns até mudam a voz ao falar com Deus. Porém, se quisermos orar como uma criança, pre­cisamos abrir o coração. Não por acaso, Jesus condenou a formalidade hipócrita, artificial e legalista dos fariseus em suas orações e afirmou que o reino de Deus é de pessoas semelhantes a crianças.

Deus quer que você fale com ele em oração. Não importam as palavras. Assim como o pai vibra quando um filho pequeno lhe pede uma bola, mesmo sem saber pronunciar direito, Deus vibra quando seus pequenos filhos lhe fazem pedidos. Por isso, fale com o seu Pai celestial hoje, mas fale naturalmente. Ore como uma criança! Somente quando vamos a Deus com o nosso eu real, ainda que desorde­nado, é que Deus pode tocar a realidade de nossa vida.jesus-conversando-com-uma-crianca

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA