O anjo do Senhor acampa-se ao redor daqueles que O temem e os livra. Salmo 34:7

O começo da obra adventista no Peru mostra, de maneira clara, como o anjo do Senhor vai adiante daqueles que entregam a vida para servir a Sua causa. Os pioneiros José e Libório Osório chegaram ao país em 1898, provenientes do Chile. Desembarcaram em Mollendo para fazer uma obra de sustento próprio, mas foram imediatamente presos e deportados. Anos mais tarde, José Luis Escobar, Víctor Thomann, Luis e Víctor Osório com suas famílias se estabeleceram na cidade de Lima.

Entretanto, foi a chegada da família Stahl que fez uma grande diferença no estabelecimento da obra adventista no Peru. Eles viajaram de barco por três semanas, de Nova York a Mollendo, com sete caixas e um barril. Depois, seguiram de trem para o lago Titicaca e o atravessaram para trabalhar na Bolívia. Algum tempo depois, retornaram ao Peru e se instalaram entre os índios aimarás na região de Platería.

Eles enfrentaram perseguição, pobreza, dificuldades de comunicação e várias doenças. Mesmo assim, seguiram em frente usando o método de Cristo: cuidavam dos doentes, estabeleciam escolas e igrejas e então apresentavam a mensagem bíblica.

Certo dia, em Queñoani, um grupo com cerca de 500 homens armados com chicotes, pedras e pedaços de pau, instigados por líderes religiosos e autoridades, atacaram a cabana onde estava a família Stahl. Acreditavam que seria uma honra destruir aqueles “hereges”.

Ouviu-se, então, um grito: “Pichantañani Catuñani!” [Agarre-os e ­queime-os!]. Mas, em vez de acatarem a ordem, acabaram fugindo. Um índio gritou: “Vejam aquele grande exército de índios armados que vem para ­defendê-los.” Eram os anjos de Deus mais uma vez protegendo Seus filhos fiéis.

Eles tiveram muita fé e coragem. Por isso, experimentaram milagres impressionantes. Deus sempre cumpre o que promete. Os que se expõem a riscos e perigos em nome do Senhor nunca ficarão desprotegidos. Deus está conosco em todo o tempo e lugar.

Sobre isso, Ellen White afirmou: “É fazendo a obra de Cristo que a igreja tem a promessa de Sua presença” (O Desejado de Todas as Nações, p. 825). Mesmo que haja 500 pessoas cercando sua cabana, uma multidão inimiga enfurecida e todos os ventos contrários, cumpra sua missão e vá em frente. Quem faz a obra do Senhor sempre será protegido pelo Senhor da obra.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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