Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão. Provérbios 30:7-9

Em Provérbios 30, Agur, filho de Jaque, o masaíta, que proferiu este homem a Itiel, a Itiel e a Ucal, provavelmente seja um nome alegórico de Salomão, uma vez que não existem referências bíblicas a esse nome, trata, entre outros assuntos: confissão de sua fé, dois temas de oração, os pobres injustiçados, quatro gerações perversas e coisas insaciáveis, desprezo aos pais, quatro coisas difíceis de entender, intoleráveis, de sabedoria excepcional, imponentes e a ira de ser evitada.

  • Na verdade eu sou o mais bruto dos homens, nem mesmo tenho o conhecimento de homem. Nem aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do santo (confissão de alguém que percebeu não ter atingido todo o avanço intelectual a seu alcance) (v.1-3);
  • Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes? (Jesus  afirmou que somente Ele podia revelar o Pai, pois estivera no Céu (João 1:18, 3:13) (v.4);
  • Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso (João encerrou o último livro da Bíblia com uma proibição ainda mais enfática (Apoc.22:18-19)) (v.5-6);
  • Duas coisas te pedi; concede-as antes que eu morra: Primeiro -Afasta de mim a falsidade e a mentira. Segundo – não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume. Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor?, ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão, desonrando-o (v.7-9);
  • Não acuses o servo diante de seu senhor, para que não te amaldiçoe e tu fiques o culpado. Deve-se demonstrar simpatia àqueles que desempenham funções humildes (v.10);
  • Alguns amaldiçoam o pai, e são ingratos com a mãe. Consideram-se puros, mas são imundos e nunca foram lavados. Olham ao redor com orgulho e lançam olhares de desprezo. Cujos dentes são espadas, e suas presas, como facas, gananciosos, para consumirem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens (v.11-14);
  • A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Tem um desejo insaciável por sangue. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta! A sepultura, (sempre tem lugar para mais um); a madre estéril (o desejo de ser mãe permanece); a terra que não se farta de água; e o fogo, que é capaz de devorar tudo ao seu redor (v.15-16);
  • Os olhos que zombam do pai e despreza a obediência à mãe, serão arrancados pelos corvos e devorados pelos abutres. Vida longa para quem honra os pais, e morte violenta para os rebeldes (v.17);
  • Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço: (1) O caminho da águia no ar; (2) o caminho da cobra deslizando sobre a rocha; (3) o caminho do navio no meio do mar; (4) como o homem ama a mulher (v.18-19);
  • O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal! Faz sexo com os seus clientes e acha que não fez nada de errado (v.20);
  • Há três coisas que estremecem a terra; e por quatro que não pode suportar: (1) o servo que assume o reinado sem preparo para isso; (2) o tolo, quando vive na fartura; (3) a mulher odiosa, quando consegue se casar; (5) a serva, que fica herdeira da sua senhora, e não está capacitada para a função (v.21-23);
  • Quatro coisas são pequenas, mas muito sábias: (1) As formigas que não são um povo forte, mas, armazenam alimento no verão; (2) os coelhos, são um povo débil,  contudo, põem a sua casa na rocha; (3) os gafanhotos que não têm rei; marcham em fileira como um exército treinado; (4) a lagartixa, que embora sejam fáceis de apanhar, vivem até nos palácios dos reis (v.24-28);
  • Há três seres vivos que caminham com elegância, ou melhor, quatro que se movem de modo imponente: (1) o leão, o mais forte entre os animais, que não foge de nada; (2) o galo, orgulhoso e imponente; (3) o bode; (4) o rei a frente de seu exército (v.29-31);
  • Se procedeste loucamente, exaltando-te, e se planejaste o mal, leva a mão à boca.  Porque o bater o leite produz manteiga, um soco no nariz produz sangue, provocar a ira vira briga (v.32-33).

Como bom observador da natureza, Salomão, ou Agur, fala sobre os mistérios da mesma, que somente Deus poderá revelar, na eternidade, aos salvos. Cada animal, ave, navio flutuando sobre os mares, tem muito de especial para nossa mente finita, sobre os planos do Deus infinito.

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