Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15:52

A sexta-feira, 27 de dezembro de 1985, foi um dia de muita tristeza para nossa família. Após quatro dias em coma, minha irmã Eleda finalmente havia descansado, e o dia de seu funeral tinha chegado. Antes do culto fúnebre, fomos à sua casa. Ao chegar, encontrei Henrique, seu filhinho de três anos e meio, que brincava com toda inocência, como se nada tivesse acontecido. Logo ele se aproximou de mim e perguntou: “Tio Ronald, você sabia que minha mãe morreu?” Surpreso com a pergunta, respondi: “É mesmo? E onde está sua mamãe agora?” “Ela está na igreja!”, declarou o garotinho. “E o que vai acontecer com ela?”, perguntei. Sua resposta emocionante foi: “Minha mãe vai ficar no cemitério da igreja. Mas quando Jesus voltar, ela vai ressuscitar dos mortos.”

As palavras de Henrique refletiam a explicação que lhe havia sido dada acerca do que estava acontecendo. Sem dúvida, eram carregadas de esperança: “Mas quando Jesus voltar.” De fato, essa esperança tem sido acariciada pelos cristãos ao longo dos séculos e é um dos temas predominantes da pregação adventista. As densas nuvens da dor, do luto e do desespero parecem desaparecer quando ouvimos hinos cheios de esperança como “Breve Jesus Voltará” e “Oh! Que Esperança!” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 134 e 469).

A expectativa do advento de Jesus e da ressurreição dos mortos não são meras utopias humanas ou “coletes salva-vidas” para momentos de crise existencial. Tratam-se de temas predominantes do Novo Testamento com sólido fundamento profético, natureza cristocêntrica evidente e relevância existencial profunda. Desafiando o curso do tempo, essa esperança chega até nós como um legado valioso e com uma mensagem cada vez mais pertinente.

A segunda vinda de Cristo hoje está muito mais próxima do que quando Henrique me disse aquelas tocantes palavras. Portanto, levemos a sério o conselho de Paulo: “Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos. A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz” (Rm 13:11, 12, NVI). Em breve nossa esperança se tornará realidade!

Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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