Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para sua memória. Marcos 14:9

O relato da unção de Jesus por Maria é uma pérola do evangelho. Revela com clareza o amor de Deus e apresenta a resposta que Ele espera de nós. Nessa história, encontramos uma pessoa que não desperdiçou a chance que teve de exaltar Jesus antes de Ele morrer.

Havia um sentimento profundo de amor e gratidão no coração dela por Cristo. É possível que Maria tenha deixado seu lar em Betânia para viver de modo pecaminoso em Magdala. Depois de seus encontros libertadores com Jesus, ela voltou a morar em Betânia, onde o momento mais importante de sua vida ocorreu.

No banquete na casa de Simão, Maria não deixou escapar a oportunidade de exaltar o Senhor. Caiu aos pés de Jesus, ungiu-os com suas lágrimas e com o caríssimo perfume de nardo puro, enxugando-os com os próprios cabelos.

A morte de Jesus ocorreria dentro de poucos dias. Maria não sabia, mas aquela era sua última chance. Ela foi submissa ao impulso do Espírito Santo e eternizou seu ato de gratidão (ver O Desejado de Todas as Nações, p. 560).

Alguns esperam demais e deixam a oportunidade passar. Por mais honrado que tenha sido o ato de José de Arimateia e Nicodemos, eles “não ofereceram suas dádivas de amor a Jesus em vida. Com amargo pranto levaram suas custosas especiarias ao frio e inconsciente corpo” (ibid.). Maria fez por Jesus em vida o que outros fizeram apenas depois da morte Dele.

Existem pessoas que são verdadeiros vasos de alabastro fechados. Têm sentimentos preciosos no coração, mas não os repartem. Mesmo tendo vontade de compartilhar, acabam guardando carinho, amizade, elogios, incentivos ou presentes para si. Pior ainda são aqueles que compartilham apenas amargura e condenação.

Abra o vaso de alabastro de seu coração e permita que dele exale o perfume de amor e gratidão a Deus e às pessoas. Não deixe para depois o que pode ser feito hoje. Amanhã pode ser tarde demais. Homenagens póstumas são emocionantes e necessárias, mas não podem ser percebidas pelos homenageados. Por isso, não perca a oportunidade de falar coisas boas e agir de modo gentil. Elogie, agradeça e presenteie quem estiver à sua volta, especialmente seus queridos. Pode ser sua última chance.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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