Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. Mateus 5:44, ARC

componente mais desafiador da religião prática é o mandamento radical de Cristo para amarmos nossos inimigos, registrado em Mateus 5:43 a 48. Nessa passagem, Jesus afirma que nossa tendência natural é amar aqueles que nos amam e odiar os que nos odeiam. Contudo, esse tipo de comportamento pode ter consequências desastrosas. Se não amarmos nossos inimigos, é quase certo que acabaremos odiando-os e, ao odiá-los, acabaremos nos envenenando.

Martin Luther King Jr. nos adverte quanto a esse perigo em seu famoso sermão “Como amar seus inimigos”, proferido na Igreja Batista da avenida Dexter, em Montgomery, Alabama, no dia 17 de novembro de 1957. Ele afirmou: “O ódio destrói a estrutura da personalidade daquele que odeia […]. A qualquer momento, o ódio é um câncer que corrói o centro vital da sua vida e existência. É como o ácido corrosivo que consome o melhor e mais central objetivo de sua vida. Por isso Jesus nos manda amar, pois o ódio destrói tanto quem odeia quanto quem é odiado.”

Vivemos em um mundo de pecado no qual “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3:12). Seu pior inimigo pode estar no mundo exterior (Jo 15:18-25); muito perto de você, vivendo sob o mesmo teto (Mt 10:34-36); ou quem sabe até se deitando ao seu lado na mesma cama. A dúvida não é quem essa pessoa é, onde mora ou como prejudicou você. A real pergunta é: Como você está lidando com a situação? Você reage com ódio venenoso ou com amor curativo?

Ao odiar os outros, você demonstra que é vítima do comportamento ruim deles. Ao amá-los, revela que é você quem está no controle das circunstâncias. Ao amar os inimigos, você acaba amando não só eles, mas também a si mesmo (Mt 22:39), evidenciando que é filho ou filha do Pai celestial (Mt 5:44, 45). Como nosso mundo seria diferente – inclusive o ambiente de trabalho, as salas de aula, os círculos sociais, os lares e até mesmo os casamentos – se perdoássemos mais e acusássemos menos, amássemos mais e esperássemos menos por amor retributivo. Você pode transformar o mundo em um lugar melhor lançando sementes de amor ao seu redor! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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