O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra. Salmo 34:7 (ARA)

João Brito Sales iniciou seu ministério pastoral na desafiadora região da Transamazônica, atuando no colégio Iatai, em Santarém e Altamira, no estado do Pará. Um dia, visitando uma das 28 igrejas e grupos do distrito, ele pregou sobre os anjos, os mensageiros enviados por Deus em missões de amor e proteção. O que o pastor não sabia é que, em sua rota para a capital do estado, ele mesmo precisa­ria da presença desses seres celestiais.

Ao se despedir da última igreja do distrito, em Altamira, rumo a Belém, a famí­lia pastoral deixou muitos irmãos preocupados, pois a viagem se estenderia noite adentro e a estrada era muito perigosa devido aos assaltos, além de ser de difícil circulação. Na cidade de Pacajás, o carro precisou ficar até as 5 horas da tarde na oficina. Querendo adiantar a viagem, o pastor decidiu avançar um pouco mais, a fim de chegar mais cedo ao destino. Passava das 10 horas da noite quando ele, a esposa e a filha chegaram a uma ponte. Contudo, o pastor não teve coragem de atravessá-la, pois era apropriada somente para carros grandes.

Finalmente, com grande perigo, pois a ponte de madeira tinha buracos no meio e nas laterais, o pastor resolveu colocar os pneus na ponte, “fechar” os olhos e seguir em frente. Assustados, eles oraram dentro e fora do carro. De repente, surgiu uma luz. Esperança de ajuda ou perigo de assalto? A luz foi se aproximando e o medo aumentando. “Quando minha filha disse que era um ônibus, foi um alívio”, relem­bra o pastor. No entanto, os ônibus não costumavam parar na estrada. Para surpresa deles, o motorista parou, desceu e falou: “Pastor, o que o senhor está fazendo neste lugar perigoso com sua família?” Sales explicou, e o estranho disse que iria colocar o ônibus do outro lado e então ajudá-lo. Pegando o carro sem ninguém dentro, ele atravessou a ponte, esperou-os e orientou-os a parar no lugar mais seguro possível.

O pastor agradeceu e foi em frente. Depois de rodar por meia hora, encon­trou um restaurante de parada de carros. Quando se apresentou ao proprietário do estabelecimento e contou sua história, o homem disse: “Você teve sorte, pois está havendo uma onda de assaltos aqui perto.” O pastor perguntou a respeito do ônibus que havia passado na sua frente, e ele respondeu que não passara ônibus algum ali, pois os motoristas param às 18 horas. O pastor, a esposa e a filha se olha­ram. “Só temos uma resposta: um anjo do Senhor nos protegeu”, relembra o pas­tor Sales, agradecido e emocionado.

Se você caminhar com o Senhor, os anjos caminharão com você. daniel-na-cova-dos-leoes

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