“Até quando o santuário e o exército celestial serão pisotea­dos?” Ele respondeu: “Até 2.300 tardes e manhãs; então o santuário será restaurado.” Daniel 8:13-14

Em Daniel 8, temos a visão do carneiro e do bode, as 2.300 tardes e manhãs, a preocupação de Daniel quanto a visão, e o anjo Gabriel vindo consolá-lo e interpretar a visão. Os relatos deste capítulo também são anteriores ao capítulo 5, e é um reforço do capítulo 7.

Visão do carneiro e do bode (v.1-14):
No 3o ano do reinado do rei Belsazar, eu, Daniel, tive outra visão, a 2a. Eu me vi na cidadela de Susã, na província de Elão; e eu estava junto do canal de Ulai. Olhei para cima e, diante de mim, junto ao canal, estava um carneiro (Média-Persia); seus dois chifres eram compridos, um mais que o outro, mas o mais comprido (Pérsia) cresceu depois do outro. Observei o carneiro enquanto ele avançava para o oeste, para o norte e para o sul. Nenhum animal conseguia resistir-lhe, e ninguém podia livrar-se do seu poder. Ele fazia o que bem desejava e foi ficando cada vez maior.
Enquanto eu observava, surgiu um bode (Grécia), com um chifre enorme entre os olhos (Alexandre o Grande), vindo do oeste, percorrendo toda a extensão da terra sem encostar no chão (velocidade). Ele veio na direção do carneiro de dois chifres que eu tinha visto ao lado do canal, e avançou com grande fúria. Atingiu o carneiro, e que­brou os seus dois chifres. O carneiro não teve forças para resistir a ele; o bode o derrubou no chão e o pisoteou, e ninguém foi capaz de livra-lo do seu poder.
O bode tornou-se muito grande, mas no auge da sua força o seu grande chifre foi quebrado (Alexandre morre), e em seu lugar cresceram quatro chifres enormes (Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu), na direção dos quatro ventos da terra. De um deles (dos 4 ventos) saiu um pequeno chifre (Roma Papal), que logo cresceu em poder na direção do sul, do leste e da Terra Magnífica.  Cres­ceu até alcançar o exército dos céus, e atirou na terra parte do exército das estrelas e as pisoteou.
Tanto cresceu que chegou a desafiar o Príncipe do exército (Jesus); supri­miu o sacrifício diário oferecido ao príncipe, e o local do santuário foi destruído. Por causa da rebelião, o exército dos santos e o sacrifício diário foram dados ao chifre. Ele tinha êxito em tudo o que fazia, e a verdade foi lançada por terra (mudou a Lei de Deus).
Então ouvi dois anjos conversando, e um deles perguntou ao outro: “Quan­to tempo durarão os acontecimentos anunciados por esta visão? Até quando será suprimido o sacrifício diário e a rebelião devastadora prevalecerá? Até quando o santuário e o exército ficarão entregues ao poder do chifre e serão pisotea­dos?” Ele me disse: “Isso tudo levará 2.300 tardes e manhãs (de 457 aC até 1844 dC); então o santuário será reconsagrado.
Gabriel explica a visão (v.15-27):
Enquanto eu observava a visão e tentava entendê-la, diante de mim apareceu um ser que parecia homem (Jesus). E ouvi uma voz humana que vinha do Ulai: “Gabriel, dê a esse homem o significado da visão”.
Quando ele se aproximou de mim, fiquei aterrorizado e caí prostrado. Ele me disse: “Filho do homem, saiba que a visão refere-se aos tempos do fim (volta de Cristo)”.  Enquanto ele falava, cai com o rosto em terra e perdi os sentidos. Então ele me tocou e me pôs em pé.
E disse: Vou contar-lhe o que acontece­rá depois, no tempo da ira, pois a visão se refere ao tempo do fim. O carneiro de dois chifres que você viu representa os reis da Média e da Pérsia. O bode peludo é o rei da Grécia, e o grande chifre entre os seus olhos é o primeiro rei. Os quatro chifres que tomaram o lugar do chifre grande são quatro reis, mas nenhum deles será tão grande quanto o primeiro.
No final do reinado deles, quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo (divisão em 10 reinos, os 10 dedos da estátua de Daniel 2), surgirá um rei de duro semblante, mestre em astúcias (Papado). Ele se tornará muito forte, mas não pelo seu próprio poder. Provocará devastações terríveis e será bem-sucedido em tudo o que fizer. Destruirá homens poderosos e o povo santo. Com o intuito de prosperar, ele engana­rá a muitos e se considerará superior aos ou­tros. Destruirá muitos que nele confiam e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes (Jesus). Apesar disso, ele será destruído, mas não pelo poder dos homens.
“A visão das tardes e das manhãs que você recebeu é verdadeira; sele porém a visão, pois refere-se ao futuro distante”. Eu, Daniel, fiquei exausto e doente por vários dias. Depois levantei-me e voltei a cuidar dos negócios do rei. Fiquei assustado com a visão; estava além da compreensão humana.

Deus já dera à Daniel (2), a explicação sobre os reinos futuros. Em Daniel 7 ele falou sobre os 4 animais, e já adiantou um pouco sobre a visão que Daniel teve neste capítulo. Do carneiro (Media-Persia) e do bode (Grécia), e falou que nasceria um novo reino, que faria frente ao próprio Deus, incumbindo-se de mudar os tempos e a lei (Papado). Tudo isso ocorreu conforme o Senhor havia predito nessas visões. A destruição final desse chifre pequeno, que se tornou muito forte, teve uma previa quando após os 1.260 anos, Napoleão mandou prender o papa. Mas a destruição final está bem próxima, quando Cristo voltar a Terra para buscar o Seu povo. Precisamos estudar a Palavra de Deus, para não sermos pegos de surpresa e destruidos junto com Satanás e seus seguidores.

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