O mundo tem enfrentado diversos desastres naturais graves ao longo da história. Jesus advertiu que, quando se aproximasse o tempo do fim, ocorreriam abalos sísmicos “em vários lugares” (Mt 24:7, 8). Apocalipse 6:12 previu um “grande terremoto” no início do sexto selo. Para os adventistas do sétimo dia, essa predição se cumpriu por meio do terrível terremoto que atingiu Lisboa na manhã de sábado, 1o de novembro de 1755, Dia de Todos os Santos, um dos mais importantes feriados católicos.
De acordo com Otto Friedrich, várias pessoas alegavam antecipadamente ter recebido revelações sobrenaturais de que Lisboa, a Rainha do Mar, logo seria punida por sua iniquidade. Na noite anterior à tragédia, o padre Manuel Portal, do Oratório, “havia sonhado que Lisboa estava sendo devastada por dois terremotos sucessivos” (O Fim do Mundo, p. 227).
Qualquer que tenha sido a origem dessas revelações, naquela fatídica manhã, pouco depois das 9h30, quando muitos fiéis estavam na igreja assistindo à missa, a cidade foi gravemente sacudida durante dez minutos por três abalos sísmicos sucessivos, seguidos de uma onda gigantesca e um incêndio devastador que durou uma semana. Morreram entre 30 a 40 mil pessoas em Lisboa e mais 10 mil em outros lugares.
Nenhum outro terremoto causou um impacto filosófico, cultural e religioso tão profundo quanto esse. Até mesmo Voltaire se referiu a ele como “um terrível argumento contra o otimismo”. Harry Fielding Reid o caracterizou como “o terremoto mais notável da história”. T. H. Kendrick afirmou que o terremoto de Lisboa chocou “a civilização ocidental mais do que qualquer outro evento desde a queda de Roma no quinto século”. O título do excelente livro de Edward Paice, A Ira de Deus: A Incrível História do Terremoto Que Devastou Lisboa em 1755, expressa bem o profundo significado religioso dessa catástrofe.
O terremoto de Lisboa pode ser considerado o primeiro grande sinal na sequência de grande terremoto/Sol/Lua/estrelas de Apocalipse 6:12 e 13. Muitas pessoas tiveram a certeza de que havia chegado a hora do juízo divino. Estamos hoje muito mais próximo do fim do que eles naquela época. Senhor, abre nossos olhos para enxergar os sinais da Tua vinda e estar prontos para esse glorioso evento! Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB