Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! – Isaías 5:20
Em Isaías 5, com a parábola da vinha, Deus pronuncia um juízo severo sobre a cobiça e a lascívia, a impiedade e a injustiça. Também apresenta os que serão os executores dos juízos divinos. Isaías é, algumas vezes, profeta da destruição e outras vezes, profeta da esperança. Ele se expressa com palavras ternas e afetuosas, e logo em seguida com palavras de ira e fúria
A parábola da vinha má (V.1-7):
Ais contra os perversos (v.8-30):
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra! A meus ouvidos disse o Senhor dos Exércitos, em um juramento solene: Em verdade, muitas casas ficarão desertas, e até as grandes e excelentes mansões ficarão sem moradores. E um vinhedo de dez jeiras (terra arada por dez juntas de bois em um dia) de vinha não darão mais do que um bato (vinte litros de vinho); e um ômer (dez cestos grandes) de semente não dará mais do que um efa (um cesto de cereais).
Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice; e continuam até à noite, até que o vinho os esquente, que fiquem embriagados! Em suas festas sempre há vinhos e belas músicas, de lira e harpa, tamborim e flauta; e não olham para a obra do Senhor, nunca pensam em Deus, nem consideram as obras das suas mãos. Portanto o meu povo será levado cativo, para o exílio em um lugar distante, por falta de entendimento, por não me conhecerem; e os seus nobres morrerão fome, e a sua multidão se secará, morrerá de sede. Portanto a sepultura, grandemente se alargou, e se abriu a sua boca desmesuradamente; e para lá descerão o seu esplendor, e a sua multidão, e a sua pompa, e os que entre eles se alegram, se embriagam.
Então o plebeu se abaterá, e o nobre, os altivos, até os arrogantes baixarão o olhar em humilhação. Porém o Senhor dos Exércitos será exaltado em juízo; e Deus, o Santo, será exaltado em justiça. Então os cordeiros pastarão como de costume, e as ovelhas gordas e os cabritos comerão entre as ruínas.
Ai dos que puxam a iniquidade com cordas de vaidade, os que arrastam sua perversidade com cordas feitas de mentiras, e o pecado com tirantes de uma carroça! E, zombando de Deus, dizem: Ande logo, tome uma providência para que vejamos o que és capaz de fazer; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos, queremos saber qual é o Seu plano.
Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!
Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos, pensam ter entendimento!
Ai dos que são poderosos para beber vinho, e homens de poder para misturar bebida forte, que se gabam de quanta bebida conseguem ingerir! Dos que justificam ao ímpio por suborno, aceitam suborno para deixar o perverso em liberdade, e aos justos negam a justiça!
Por isso, como a língua de fogo consome a palha e o capim seco, se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor murchará como pó; porquanto rejeitaram a lei do Senhor dos Exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel.
Por isso se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, e estendeu a sua mão contra ele, e o feriu, de modo que as montanhas tremeram, e os seus cadáveres serão espalhados pelas ruas como lixo; com tudo isto, mesmo assim, a ira do Senhor não tornou atrás, mas a sua mão ainda está estendida para castigar.
Ele enviará um sinal a nações distante, assobiará para os que estão nos confins da terra; eles virão correndo. Não se cansarão nem tropeçarão, ninguém descansará nem dormirá; não se lhe desatará o cinto dos seus lombos, nem se lhe quebrará a correia dos seus sapatos. As suas flechas serão agudas, e todos os seus arcos retesados, prontos para a batalha; os cascos dos seus cavalos são reputados como pederneiras, soltarão faíscas, e as rodas dos seus carros como redemoinho, girarão como um turbilhão.
Rugirão como o leão; como os leões mais fortes. Rugirão e arrebatarão a presa, se lançarão contras as suas vítimas, e a levarão para o cativeiro, e não haverá quem a livre. E bramarão como o rugido do mar contra eles naquele dia; então olharão para a terra, e eis que só verão trevas e ânsia, aflições, e a luz se escurecerá, será obscurecida pelas nuvens nos céus.
O pecado tem o seu salário, não de prosperidade, paz e honra, mas de vergonha, pesar e morte. Deus sempre sinalizou quais seriam os resultados da transgressão. Além disso, a experiência do passado mostrou o resultado terrível da desobediência. Israel e Judá revelaram completa “falta de entendimento” ao persistirem no mal, e asseguraram a própria destruição. Foram destruídos porque rejeitaram os ensinamentos da Palavra de Deus. Escolha hoje servir ao Senhor!